Em tempos que já lá vão, numa pequena aldeia no meio do nada,
havia uma menina chamada Carlota, que vivia sozinha, não tinha amigos e
esperava um dia poder viver na aldeia vizinha, cujo ambiente vivenciado pelos
seus habitantes era precisamente o oposto do dela. De facto, a cada dia de
manhã, a Carlota levantava-se e pensava como haveria de chegar à aldeia dos
seus sonhos.
Certo dia, mal tinha acabado de pensar neste seu desejo, ouviu
uma voz a chamar por ela que disse:
- Carlota, quero ajudar-te a encontrar a aldeia com a qual tanto
sonhas.
- Quem está aí? - perguntou a jovem, assustada.
Carlota concordou, de imediato, e pôs-se a caminho. Levava assim
o mapa numa mão que lhe dizia para onde ir, só que, de vez em quando, o mapa
perdia-se e ambos tinham que voltar ao princípio. Entretanto, quando finalmente
conseguiram chegar à aldeia, era já tarde, mas Carlota foi recebida de braços
abertos por uma família simpática e com um ar ternurento.
A menina nunca mais ficou só e, a partir daquele dia, sabia que
alguém no mundo se preocupava realmente com ela. E, quanto ao mapa, que tanto a
ajudou a concretizar o seu sonho, jamais o largou, estimando-o assim com muito
carinho.
Maria Dias, n.º 8,
7.º E
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