Um cão misterioso
Ia eu a passear numa
rua com a minha mãe, quando de repente ela perguntou:
- Guilherme, achas
uma boa ideia irmos dar uma volta pelo Parque Municipal?
- Na minha opinião,
tanto me dá como se me deu, tu é que sabes…
- Vamos lá então,
digo ao teu pai e ele vai ter connosco.
Lá fomos nós. Quando
chegámos ao parque, encontrámos como era habitual cães, gatos e outras pessoas
a passear, jovens adolescentes a namorar, outras famílias que levaram as
crianças a brincar, entre outros.
A determinada altura
do passeio, reparei que um dos cães, que se andavam a divertir,
era vadio, ou seja,
não tinha dono. Na nossa cidade não encontramos cães vadios nas ruas, pois
todos são capturados pelas autoridades que os levam para o canil. Decidi,
então, adotá-lo, pois algo naquele cão me chamava à atenção, era um cão meigo,
calmo e submisso, mas que tinha uma característica estranha, não ladrava. Com
três horas de passeio, ouvi mil vezes todos os cães ladrar, exceto um, o tal.
Entretanto, ao
trazê-lo para casa, parámos na loja onde se vendem artigos para cães,
comprámos-lhe também ração. Quando a minha mãe colocou a ração e a trela na
mala, pareceu-me ouvir uma voz vinda do meu interior que dizia: “Não, trela
não!” Primeiramente, pensei que fosse tolice minha, mas com o andar da viagem
ouvia cada vez mais aquela voz até que chegámos a casa e decidi ir buscar a
trela à mala. Tinha desaparecido!
Quando questionei
sobre a trela à minha mãe, ela disse que a tinha colocado na mala, mas e o
cão?!
Tinha fugido, fiquei
perplexo com a situação. Será que foi por causa da trela que fugiu? E será que
era ele a falar?!
A isto não sabia
responder, mas uma coisa é certa, este é de facto um cão inteligente. Só foi
pena ter desaparecido…
Guilherme Costa, nº 12, 8º C
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