Há muitos dias que
andava a sentir-me muito sozinha, triste, sem rumo, com uma grande vontade de
desistir da vida. Porém, no pior momento da minha vida, alguém me apareceu e
ajudou e, por mais estranho que pareça, foi uma árvore. Sim, uma árvore!
No dia seguinte a
este grande momento de tristeza, fui para o jardim, para o lugar habitual, para
debaixo da grandiosa copa da árvore central com folhas de um verde tão bonito
que me fazia lembrar campos inteiros renascendo. Olhei à minha volta e vi o
jardim, já cheio de bonitas flores de todas as cores, deveras uma bonita
paisagem!
Deitei-me e fiquei mergulhada nos meus
pensamentos, mas a certa altura já não conseguia aguentar mais e desatei a
chorar, pois sentia que ninguém me queria e que estava sozinha no mundo. Porém,
de repente, ouvi uma voz doce, talvez a mais doce que já ouvira! Esta voz,
depois de me chamar, disse-me para não chorar, já que ela estaria sempre ali
para mim. Aí, mesmo desconfiada e com algum medo, confesso, perguntei:
-
Quem és tu? De onde vens?
-
Olá, querida! Não tenhas medo, sou eu mesma, a árvore e estou aqui para te
secar as lágrimas com as minhas folhas de que tanto gostas. – e, dito isto,
deixou cair suavemente uma pequena folha.
Fiquei
maravilhada, foi um gesto simples e tão bonito!
-
Obrigada, minha bonita árvore, e desculpa por não te ter dado valor,
desculpas-me?!
- É claro que desculpo, minha querida, tu não
sabias… Quer dizer, ninguém sabe! Vai ser o nosso segredo, ok?!
- Claro, minha arvorezinha, é e será o nosso
grande segredo.
Depois deste mágico
momento, agarrei-me ao tronco da árvore e adormeci. E, a partir desse dia,
nunca mais me senti sozinha!
Margarida Lagoa, 8º F
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