Aos alunos do 8º C e
8º F foi proposto que criassem o seu próprio conto, fazendo a escolha de um dos
seguintes provérbios:
à
A boa caridade começa em casa
à
A união faz a força
à
Uma desgraça nunca vem só
à
Depois da tempestade, vem a bonança
Vamos assim dar-vos a conhecer alguns
desses textos.
Sara Castela,
Professora Língua Portuguesa e O Ciclista
Depois da tempestade, vem a bonança
Era uma vez uma
senhora, já com os seus trinta anos, que vivia na sua casa em West Zone.
West
Zone
era uma aldeia muito simples, onde só se encontravam instrumentos necessários à
vida. Perto desta aldeia, havia uma cidade mais desenvolvida, North Zone, que, por motivos
desconhecidos, estava em conflito com West
Zone.
Certo dia, a senhora
de nome Beatrice foi alertada para o facto de que brevemente seriam atacados,
podendo ficar sem habitação e sem a imagem que tinham da sua aldeia. Era pedido
que procurassem casas de familiares e deixassem a sua, pois se lá ficassem o
inevitável iria acabar por acontecer. Ela e os seus vizinhos e amigos com que
convivia seguiram assim caminho, dormindo ao relento a primeira noite, com
apenas um cantil de água e uns figos secos, que nem davam para tapar o
buraquinho no estômago.
No dia seguinte,
deram de caras com uma cidade totalmente diferente ao que estavam acostumados.
Era uma cidade bastante avançada, mas nem por isso as pessoas pareciam mais
felizes.
Beatrice bem como os
seus acompanhantes previam o pior. Aquele ambiente não era de modo algum
agradável e para apenas sobreviver, teriam de trabalhar muito e em empregos
nunca antes por eles conhecidos. No entanto, fixaram-se numa casa abandonada
juntamente com pessoas de raça cigana.
Passado umas semanas,
já Beatrice ia começar a trabalhar e foi como que obrigada a abandonar a sua
nova cidade. Não podendo fazer nada, foi alojar-se numa casinha que tinha
avistado no caminho. Montada na sua carroça seguiu, sozinha, e só via as coisas
a piorar. O que ela não sabia é que na carroça ia uma criança!
Já em casa, deitou-se
no colchão, que se encontrava no chão da escura sala e sentiu um chamamento
vindo do invisível. Era inexplicável. Beatrice saiu à porta e viu a face do seu
falecido avô, representada por luzes policromáticas. Ele dizia-lhe para voltar
a West Zone, que a situação iria melhorar e que a guerra tinha acabado. A
senhora estava calmamente incrédula, mas sempre confiou no seu querido avô e
decidiu que, no dia seguinte, iria para a sua terra natal.
Atravessou uma densa
tempestade, mas chegou a West Zone,
onde acabou por descobrir a criança que a acompanhou na longa viagem. Quando
chegou, deu de caras com uns senhores a cavalo aparentemente bem vestidos. Eram
os novos ‘chefes’ de West Zone e
arredores e estavam lá com intenções de transformar a aldeia num campo de
batalha e de guarda aos cavalos. Porém, Beatrice apercebeu- -se e antes que
começassem a destruir seja o que fosse, ela interrompeu-os e tentou ao máximo
impedi-los.
O seu plano não
parecia estar a resultar mas, de entre os cavaleiros, um avançou e disse com
toda a sua calma que simplesmente não iriam abater nada. Os seus colegas
ficaram perplexos, pois tal como Beatrice não estavam à espera daquela reação.
No entanto, deram meia volta balbuciando uns com os outros. Ficou apenas um em
frente de Beatrice. Trocavam olhares e parecia que liam a mente um do outro.
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre eles e como aconteceu, mas Beatrice
acabou por se casar com o cavaleiro e adotaram a criança que a seguiu nas suas
viagens.
Beatrice mudou de
vida e, depois de todos os conflitos que viveu, encontrou uma porta aberta para
a felicidade.
Ana Sofia, nº 2, 8º C
Sem comentários:
Enviar um comentário