Era o dia dos meus anos e todos os convidados já tinham chegado.
Entretanto, quando chegou a hora de receber as prendas, eu estava à espera de
algo como um Iphone ou um Macbook da parte dos meus pais, mas a
única coisa que recebi foi um cão.
Olhei com cara de espanto para os meus pais, peguei na caixa com o cão,
sorri e fui para o meu quarto, tranquei a porta e comecei a interrogar-me:
-Um cão? O que é que eu vou fazer com este animal? Só me vai arranjar
problemas!
-Posso ser um cão, mas não arranjo problemas.
Olhei para a porta para ver se alguém estava lá, mas era impossível,
tinha-a trancado. Depois, olhei para a janela, mas também ninguém estava lá,
então, olhei para o cão. Porém, seria mesmo impossível ter sido ele a falar. “Se
calhar foi só impressão minha e ninguém falou…”-pensei eu.
-Falei eu, e estou aqui em baixo. Sou eu, o cão!
-Ok! Devo estar a sonhar ou estou
a ficar maluca.
-Não estás nada, estás mesmo a
falar comigo - respondeu o cão.
-Eu sou um cão e…
-Sim falas, mas como?!
-Sou um cão especial.
-Especial, mas como assim?
-Só falo com a dona certa e tu és
a minha dona!
-Mas eu nem sei o que vou fazer contigo…
-Com o tempo verás, eu vou
crescer e tornar-me no teu melhor amigo.
Eis, então, que passaram três
meses e o cão estava grande, já tínhamos passado por muitas aventuras. Contudo,
aconteceu uma desgraça. Certo dia, um carro atropelou-o e as últimas palavras
dele foram:
-Foste a melhor dona de sempre!
Se te oferecerem mais um cão, não te desiludas com os teus pais. Fui eu que me
ofereci para te fazer companhia, te ajudar e dar conselhos, agora é a altura de
eu ir embora. Fiz-te esta visita para aprenderes que os animais também são uma
boa prenda!
E foi assim que aprendi a valorizar qualquer gesto por parte dos meus
pais e os próprios animais, aos quais eu não dava grande valor.
Anastasiya Hrabarchuk, nº 4, 8º F
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