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sexta-feira, 3 de maio de 2013

À deriva no oceano


Vou começar por contar esta história desde o seu início.
Era uma vez, na Grécia antiga, uma linda e magnífica ampulheta, apreciada por todos, feita em madeira, com um vidro que reluzia ao sol e uma areia branca como o sal. Essa ampulheta estava na grande biblioteca de Atenas. Estava colocada junto a mais cinco ampulhetas, mas ela era a mais bonita de todas. Esteve lá durante séculos, até que um dia o povo romano invadiu a Grécia, destruindo e incendiando as casas. No entanto, pouparam a biblioteca, mas saquearam-na, roubando todos os livros e as ampulhetas.
As ampulhetas acabaram por ser levadas para Roma, mas a que era mais bonita de todas foi colocada num lugar de destaque. Esteve lá durante séculos, até ser roubada por mercenários mouros e seguidamente, foi então levada para Ceuta. Aí esteve até ao dia em que Portugal conquistou Ceuta e como tal, a seguir, foi levada para Lisboa, onde permaneceu até à época dos descobrimentos. Mas, um dia, acabou por ser levada para o Brasil. Porém, a meio do caminho, houve um naufrágio e a linda ampulheta, que em tempos fora apreciada por todos, acabou à deriva no Oceano Atlântico à espera que alguém a encontrasse.

Ângelo Lopes, nº 6, 9º D

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