Vou começar por contar esta história desde o seu início.
Era uma vez, na Grécia antiga, uma linda e magnífica ampulheta,
apreciada por todos, feita em madeira, com um vidro que reluzia ao sol e uma
areia branca como o sal. Essa ampulheta estava na grande biblioteca de Atenas.
Estava colocada junto a mais cinco ampulhetas, mas ela era a mais bonita de
todas. Esteve lá durante séculos, até que um dia o povo romano invadiu a
Grécia, destruindo e incendiando as casas. No entanto, pouparam a biblioteca,
mas saquearam-na, roubando todos os livros e as ampulhetas.
As ampulhetas acabaram por ser levadas para Roma, mas a que era mais
bonita de todas foi colocada num lugar de destaque. Esteve lá durante séculos,
até ser roubada por mercenários mouros e seguidamente, foi então levada para
Ceuta. Aí esteve até ao dia em
que Portugal conquistou Ceuta e como tal, a seguir, foi
levada para Lisboa, onde permaneceu até à época dos descobrimentos. Mas, um
dia, acabou por ser levada para o Brasil. Porém, a meio do caminho, houve um
naufrágio e a linda ampulheta, que em tempos fora apreciada por todos, acabou à
deriva no Oceano Atlântico à espera que alguém a encontrasse.
Ângelo Lopes, nº 6, 9º D
Sem comentários:
Enviar um comentário