Era uma vez dois
amigos que viviam na Legolândia. Eram
amigos desde pequeninos, pois a mãe de Carlitos, um dos rapazes, trabalhava em
casa de Pedrito.
Como já referi anteriormente,
eles eram muito amigos, mas discordavam de tudo, eram precisamente o oposto um
do outro. Se um gostava mais de peixe, o outro preferia carne; se um queria
jogar à bola, o outro preferia jogar às escondidas. Mas o mais engraçado é que
sempre se entenderam, pois o que os unia era mais forte que as suas
divergências.
Certo dia, as duas
crianças estavam a brincar no jardim, quando uma coisa enorme e a arder caía do
céu. Era um meteorito que acabou por cair no jardim, onde os dois rapazes
estavam a brincar. Seguidamente, eles levantaram-se e sentiram-se um pouco
estranhos, mas continuaram como se nada fosse. As mães dos dois amigos, que
estavam preocupadíssimas com o que lhes podia ter acontecido, foram ao seu
encontro para os socorrer. Quando chegaram perto dos filhos, repararam que
nenhum dos dois se tinha magoado. Não tinham nem um arranhão. Elas acharam
bastante estranho, mas continuaram, pois estavam felizes pelos meninos que
estavam bem.
Passados uns dias, o
Pedrito apercebeu-se que alguma coisa estava errada. Para se acalmar, foi beber
água à cozinha e, ao ir buscar o copo, partiu-o, pois o copo, sempre que ele
chegava com a boca perto, ia para trás. Ele ficou espantado. Pareciam dois ímanes
que se repeliam. Foi de imediato contar a Carlitos e este disse-lhe que algo de
insólito lhe estava a acontecer também, na medida em que congelava tudo aquilo
em que tocava. Ambos estavam de facto muito assustados com os acontecimentos,
mas muito felizes. Afinal, eles tinham super poderes!
Entretanto, numa
tarde de primavera, um vilão assaltou o maior banco da cidade. Carlitos e
Pedrito estavam a passear na rua na hora do assalto e, ao verem o que se estava
a passar, não conseguiram ficar quietos. Entraram sorrateiramente dentro do
banco, viram o vilão com um nome estampado na camisola: “Cacapupu” e começaram-se
logo a rir, acabando por ser descobertos por aquele homem malvado, que também
tinha super poderes. Momentos depois, começaram a lutar e, juntos, conseguiram derrotá-lo.
Os dois meninos eram, naquele momento, os heróis da cidade. Desculpem, erro
meu! Eram lendas. Pois, mesmo depois de tantos anos, ainda os meus pais e avós
falam deles e é isso que distingue os heróis das lendas. Os heróis desaparecem
e a lendas ficam para sempre.
Beatriz Santos, nº 4, 8º C
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