Eu estava a bordo de
um navio, quando nesse dia estava uma grande tempestade, mas eu não estava de
maneira nenhuma com medo, o problema é que estávamos a transportar o Rei de
Inglaterra e já estávamos em viagem há três dias.
No quarto dia, foi o
pico da tempestade. O barco ficou em muito mau estado e, no quinto dia,
afundou. Porém, consegui salvar o Rei. A nossa sorte é que estávamos perto de
uma ilha deserta, areia e palmeiras não lhe faltava, mas nem um sinal de
atividade humana. Nadei, então, até à ilha sempre com o Rei a seguir-me. Tentei
fazer um abrigo digno para o Rei, só que não ficou lá muito bem. No entanto,
ele não ficou muito zangado e de seguida, até me pediu:
- Faz uma lança, com
paus e uma pedra e vai tentar apanhar algum peixe.
- Com certeza, sua
majestade! - exclamei eu.
Assim fiz eu e a
lança até ficou melhor do que eu pensava e com ela apanhei bons peixes! Talvez,
quando regressar, me dedique à pesca, pensei eu.
De seguida, assei o
peixe numa fogueira feita por mim e, momentos depois, eu e o Rei jantámos e
fomos dormir.
Assim foi durante
três dias. No quarto dia, acordei e o Rei não estava ao pé de mim. Procurei-o
durante duas horas e então, decidi caminhar pela costa à sua procura. Não tive
de caminhar muito, até o encontrar, pois ele estava dentro de água a apanhar
caranguejos. Na verdade, ele era bastante habilidoso e não o quis incomodar.
Entretanto, quando ele veio para terra, fui ter com ele e perguntei-lhe:
- O senhor está bem?
- Podia estar melhor!
Seguidamente, fui
preparar o almoço e como tal, cozi o marisco. Nunca na minha vida tinha comido
caranguejo e até gostei!
À tarde, quando o sol
já se estava a pôr, vimos um navio inglês que tinha como função vir buscar o
Rei. Felizmente voltámos para a Inglaterra e o Rei, como eu tinha cuidado bem
dele, deu-me uma medalha de honra e bastante dinheiro e, a partir desse dia,
vivi como um verdadeiro lorde!
André Seabra, nº 5, 8º
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