4º e último Episódio
Como estava combinado,
na segunda-feira a D. Matilde foi buscar os seus netos e a pequena Sara. Ao
início, Sara parecia estar coberta com um manto de vergonha, mas, poucos
minutos depois, já não parecia a mesma e assim desfrutou da tarde.
As crianças saltaram,
brincaram, jogaram, riram-se até não poder mais, comeram até “rebentar”, mas,
acima de tudo, divertiram-se.
No final da tarde,
quando Sara se foi embora, Joana foi ter com a sua avó para uma curta conversa.
-Avó, eu estive a
pensar…achas que podemos começar a fazer isto todas as segundas-feiras? É que,
apesar de nós já sermos mais velhos do que a Sara, eu sinto-me bem a ajudá-la a
ser feliz.
-Por mim, não há
problema. Podem vir cá para casa. A Sarinha é uma criança muito dócil.
-Obrigada, avó!
Mas ainda falta uma
parte da história: o trabalho da Joana. Ela ainda não tinha pensado em nada até
que…
-É isso! Avô, eu já
tenho uma ideia para o trabalho! Lembras-te…na sexta-feira… aquelas notícias da
guerra, da crise, aquilo da campanha e do assalto no supermercado? Todos esses
problemas podem ser remediados com uma coisa, a solidariedade. Poucas pessoas
se lembram de a praticar. Pelos vistos, a avó é exceção, pois ela ajuda a Marta
e a Sara. Está a ser solidária!
-Vês! Eu disse! Eu
sabia que eras capaz de fazer isto! - exclamou o avô, ainda mais entusiasmado
do que a neta.
Entretanto, tinha
passado uma semana. Joana apresentou o seu trabalho. Tudo correu às “mil
maravilhas”. Não se podia querer melhor. Estava tudo fantástico.
Na sexta-feira
seguinte, quando chegou ao pé do seu avô, ficou eufórica:
-Avô, eu tive
“Excelente” no trabalho! Eu nunca na minha vida tive um 100%
O avô ficou muito
contente com a neta.
Joana e Afonso criaram
na sua escola um projeto chamado “Vamos vestir a solidariedade”. Era para
ajudar pessoas negras, deficientes e necessitadas.
Com tudo isto, Joana
percebeu que a solidariedade é muito importante e que se todos a praticarmos,
podemos mudar o rumo do barco da nossa vida para o caminho do bem e da
felicidade. Nessa direção, não haverá tristeza nem armas e apenas se conseguirá
ouvir o chilrear dos pássaros e o som das ondas do mar a rebentar contra as
rochas.
Na esperança de
podermos vir a ter um mundo melhor, vamos agarrar o leme encaminhando o barco
na direção mais correta.
Margarida Costa Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário