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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O lenhador, o fantasma e a máquina do tempo


Concurso literário “Ler e Aprender”
Texto género narrativo escrito por Beatriz Almeida, concorrente ao Concurso literário “Ler e Aprender”, 2º Ciclo, edição de 2012.

A Equipa d´O Ciclista




O lenhador, o fantasma e a máquina do tempo

Há muitos, muitos anos, numa planície verdejante perto de uma floresta densa, verde e saudável, morava um velho lenhador reformado, já de muita idade, com os cabelos e as barbas brancas, ligeiramente gordo. Era um lenhador rabugento, graças ao seu passado, uma história que ninguém conhecia. Sempre que alguém lhe perguntava o porquê de tanta tristeza e desagrado por todas as pessoas e por todas as coisas, ele respondia que não interessava e ficava muitíssimo irritado. A única coisa que o deixava ligeiramente alegre eram os pequenos animais de madeira que ele gostava de fazer. Fazia tigres, coelhos, cães, pássaros, cavalos, golfinhos e em especial gatos. O velho lenhador chamava-se Carlos Madeireiro.
Num determinado dia, iam fazer sete anos após a morte do seu melhor amigo, Alberto Cientista. Era um cientista maluco que adorava estudar o passado, o presente e o futuro. Alberto, depois de treze ou catorze tentativas falhadas de construir uma máquina do tempo, conseguiu finalmente construir uma, que funcionava na perfeição e decidiu oferecê-la ao seu amigo, o lenhador. Carlos nunca gostou de modernices, dizia que não valia a pena perder tempo com coisas novas, pois ele estava habituado às coisas velhas. Por este motivo, arrumou a máquina do tempo na arrecadação de sua casa, no mesmo sítio onde acumulou a lenha que não vendeu.
Num dia como todos os outros, ele foi à arrecadação e viu uma sombra atrás do monte de lenha. Aproximou-se e encontrou um fantasma. O fantasma que ele encontrou chamava-se Spuk Fanst.
Quando Carlos o encontrou ficou assustado, mas depois habituou-se à sua presença. Mas … continuou rabugento.
Passados alguns dias, Spuk ficou interessado no porquê de o Carlos ser tão rabugento, por isso começou a fazer-lhe a mesma pergunta todos os dias, pois queria saber de onde vinha toda aquela rabugice. Numa certa manhã, Spuk convenceu o Carlos a ativar a máquina do tempo. Esta conseguiu levá-los ao passado. Nessa viagem puderam ver um episódio da vida de Carlos. Via-se uma bela rapariga com uns vinte anos, trazia um vestido comprido com tons de azul, rosa e uns leves tons de roxo mais claro. Usava um lenço azul claro a apanhar-lhe os bonitos cabelos castanhos com perfeitos canudos. Via-se também Carlos com um fato preto, muito aprumado, com os cabelos cheios de brilhantina e um enorme ramo de flores muitíssimo coloridas. No lado oposto ao de Carlos estava outro homem com um fato branco, também muito aprumado e com os cabelos cheios de brilhantina. Este último tinha uma enorme caixa de chocolates dulcíssimos com um recheio de doce de morango. Ambos se aproximaram da linda menina que se chamava Josefina e ela agradeceu-lhes os presentes.
Avançaram uns dias e podia ver-se, depois, Josefina a casar com o outro homem. Spuk percebeu então o porquê da rabugice de Carlos. Para o alegrar disse que sempre que ele precisasse de companhia podia contar com ele. Para isso, bastava chamá-lo, pois ele apareceria o mais rapidamente possível e seria o seu bom companheiro.
E assim foi!
A partir daquele dia, a rabugice de Carlos terminou e ele passou a ser uma pessoa melhor e mais feliz.

Beatriz Almeida, nº 4, 6º E

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