Esta é a história de duas pessoas: a Gemma e a
Clara, que, tal e qual como o nome, são completamente diferentes uma da outra,
mas isso já vão perceber.
A Gemma
é uma rapariga de 15 anos. Tem um bom estatuto social, devido ao poder
económico herdado do seu pai, que era estilista da marca Ovolist, No entanto, a sua mãe era uma simples burguesa, rude e
sonsa, e isso fazia com que a menina fosse convencida, se achasse superior e fosse
muito mimada.
Já a Clara era uma rapariga de médio-baixo
estatuto social, vivia com dificuldades juntamente com os seus pais, muito
ligados ao campo. Ela era doce, meiga, honesta e uma menina de muito bom
coração.
Elas andavam na mesma escola, mas a forma como
eram tratadas era bastante diferente. Gemma tinha muitos “amigos” (que na
verdade não eram amigos) e era super popular. Como tinha muito dinheiro era
valorizada por isso.
Clara tinha poucos amigos (apesar do seu bom
coração) e não era popular. Era insultada e maltratada constantemente e sofria
muito por isso, devido à falta de dinheiro.
Numa quinta-feira, na aula de físico-química, a
professora Rute decidiu informar os alunos de um trabalho de pares. Infelizmente,
Clara e Gemma ficaram no mesmo grupo e, devido ao egoísmo e falta de senso de
Gemma, a Clara acabou por fazer o trabalho sozinha. No dia da apresentação,
como é óbvio, Gemma não sabia nada do que falar e, ridiculamente, os alunos e
colegas culparam Clara do ocorrido. Sem culpa e transtornada, Clara saiu da
aula, com lágrimas no canto do olho, sem entender, triste e sentindo-se
injustamente culpabilizada.
Após este incidente, na escola, num lugar onde
ninguém veria, Clara foi violentamente espancada pelos seus colegas.
Mais tarde, já adulta, Clara arranjou um
emprego seguro como estilista e superou tudo o que lhe tinha acontecido na
adolescência. Tinha casa, comida e uma vida que venerava.
Gemma,
por seu lado, não era muito diferente da adolescente que tinha sido, pois, em
vez de ter sido ela a conseguir os seus feitos, foi o dinheiro dos pais que a
salvou.
Podemos dizer que esta história parece ter um
final feliz, Clara, evidentemente, seguiu o sistema e tem uma vida como todos
os outros, onde existimos e não vivemos, pois somos controlados e manipulados,
sendo ricos e pobres.
A vida é como um jogo particularmente o de
bilhar e porquê? Bem, porque apesar de termos cor, números e até mesmo valores
diferentes, somos todos bolas com o mesmo aspeto, o mesmo início e fim.
Beatriz
Dias Ferreira, n.º 2, 9.º A, EBVB
Sem comentários:
Enviar um comentário