Algures
entre searas, vastos vinhedos e frondosos arvoredos existe uma pequena, mas
muito agradável vila de lazer, onde hotéis grandes e hotéis pequenos competem
pelos serviços prestados aos viajantes e locais, que aproveitam a beleza da
vila para explorar todos os seus recantos, principalmente um recanto muito
singular e adorado por todos, o Velho Parque.
Esse
parque orgulha-se da sua origem, quando há muito tempo, de todo o esforço e
dedicação, de todas as sementes, árvores, arbustos, flores, lagos, brotou uma
forte e envolvente raiz, a Raiz Mãe, que suporta o tão estimado parque.
Já
muitos anos lá vão…
Devido
a todo o carinho dado, ele e a sua Raiz Mãe mantinham-se saudáveis, as árvores
tornaram-se tão altas que ofuscaram com a sua imponência os telhados mais altos
da vila, as flores de todas as geometrias e cores criavam um conto mágico de
uma misteriosa floresta a cada pessoa que fazia questão de se embrenhar nele, e
uma panóplia de animais, gansos, patos e garças ocupavam as ourelas do lago, no
qual, ditosamente, dançavam cardumes de belas carpas doiradas ao som dos raios
de sol que se infiltravam pelas suas águas límpidas. Cada pássaro entoava a sua
melodia, e na discordância, juntos, formavam uma airosa canção de boas vindas
por entre borboletas que pairavam sobre as flores. Este era ele, o Velho
Parque. Esta era a vida agitada do parque, belo e primoroso, e da sua Raiz Mãe,
que todos os dias se esforçavam para proporcionar uma nova experiência a cada
visitante, fosse ele grande, pequeno, novo ou mais idoso - às mentes mais
pacíficas que vagarosamente percorriam os seus caminhos e pontes, às crianças
que com toda a euforia corriam até à exaustão para serem as primeiras a
alimentar os peixes. Assim era sempre, fosse um dia solarengo de verão, um dia
chuvoso e frio de inverno, um dia de primavera ou até mesmo um dia de outono
marcado pelas árvores despidas. Sentadas nos seus bancos as pessoas conversavam
afavelmente ou riam vivamente, e o parque oferecia-lhes o seu amor e devoção.
Porém,
certo dia, algo aconteceu: ninguém viera ao parque. Um cheiro omnipresente a
vazio vagueava pelo mesmo, não se ouviam as pessoas, havia apenas o murmúrio
das árvores com o vento e o chilrear melancólico das aves.
Esta
era uma experiência ímpar para o Velho Parque e para a sua Raiz Mãe! Era algo
que nunca tinham vivenciado, e a Raiz começou a sentir algumas mazelas, a
enfraquecer, e enfraquecer com o passar dos dias de solidão.
E
o Velho Parque e a sua raiz suporte esperam, todos os dias, recordando-se da
magia que sentiram toda a sua vida, nunca perdendo a esperança de que em breve
as pessoas regressarão entrando pelos seus majestosos portões.
NÃO
QUEREMOS QUE A RAIZ MÃE ESMOREÇA AO PONTO DE QUEBRAR E FAZER COM QUE TODA A
MAGIA VERDE PRESENTE NO PARQUE ENTRISTEÇA, POR ISSO, TEMOS DE VOLTAR A
UNIRMO-NOS, POIS JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
Anna Schevchenko, 9.º E
| Escola Básica e Secundária de Anadia
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