Era uma vez uma
rapariga que vivia no campo de uma pequena aldeia, na qual as pessoas eram
humildes, simpáticas e bem-dispostas. Portanto, essa menina, de nome Carolina,
não escapava a essa maneira de ser. De facto, era uma rapariga saudável,
alegre, meiga e também sensível e, naquela bela e pequena aldeia, ela era
bastante feliz. Esta jovem vivia com os seus pais numa casa amarela, com um
belo jardim cheio de flores e árvores, tinha também uma cadela, por sinal a sua
melhor amiga, Lucky. Ia para escola todos os dias de bicicleta e tinha
infinitos amigos.
Certo dia, quando o
seu pai regressava do trabalho, sofreu um terrível acidente de carro. Foi
diretamente para o hospital, mas infelizmente não sobreviveu aos ferimentos. A
dolorosa e marcante morte do seu pai fez com que Carolina se enchesse num mar
de lágrimas. A sua mãe ficou completamente devastada, ficando assim sozinha com
duas filhas para sustentar, uma delas ainda de cinco meses de idade. Nesse dia,
o amor da sua vida desaparecera sem antes poder dizer adeus.
Passaram-se algumas
semanas até que Ana, mãe de Carolina, decidisse mudar-se para a cidade. Foi
difícil convencer Carolina, pois ela recusava-se a ir. Porém, não havia outra
forma de a mãe conseguir ter dinheiro para sustentar as suas duas filhas. Sendo
assim, ela teve de aceitar a mudança.
Carolina, cheia de
medo e completamente destroçada, logo no primeiro dia em que chegou à cidade,
foi para a escola. A mãe levou-a. Ela, por sua vez, não gostou nada da escola,
os seus colegas eram todos muito manientos, mandões e mimados.
A jovem, todos os
dias, forçava um sorriso para que todos a pudessem aceitar, fingiu estar bem,
embora fosse posta um pouco de parte nos intervalos, e era muito doloroso para
ela ter sofrido a morte do pai em silêncio sem ter tido alguém com quem pudesse
desabafar. Sendo assim, quando chegava a casa ao fim do dia, chorava sempre, e
chorava muito, pois sentia-se muito mal no novo ambiente em que vivia sem o seu
herói, o seu falecido pai.
No dia em que fez um
ano após a morte do seu pai, Carolina não aguentou e desatou a chorar perante
todos os seus “colegas”. Porém, a situação permanecia igual, continuava pois a
não ser bem aceite naquele meio. Entretanto, houve uma rapariga, a Raquel, que
teve pena dela e foi ter com ela. Perguntou-lhe o que se passava e finalmente
Carolina pôde dizer tudo aquilo que sentia e carregava no peito há já um ano.
Raquel ficou boquiaberta, pois a história daquela pobre rapariga parecia uma
novela. Então, abraçou-a e disse-lhe que podia contar com ela para tudo o que
precisasse e que a ia apresentar a todos os seus amigos.
Raquel nunca pensou
que a história de vida de Carolina fosse tão terrível, pois com aquele sorriso
enganador seria impossível descobrir. Atualmente, ambas são muito unidas e
Raquel admira muito a sua amiga pela sua força e coragem.
Maiara Simões, nº 17, 9º C
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