Certo dia, um cão abandonado bateu
à porta de uma bonita casa. Os seus donos, ao ouvirem o seu cão a ladrar, foram
ver quem estava no exterior da casa e deram-se com um cão abandonado.
O cão daquela família, ao ver que
os seus donos se tinham recusado a dar alojamento àquele pobre animal em sua
casa, ficou triste e o outro cão ficou sempre junto à porta a ladrar.
A sua dona, farta de ouvir o outro cão a ladrar, questionou:
-Será que os animais são com os
humanos? Terão eles sentimentos?!
O seu cão, ao ouvir o que a dona dissera, foi-se pôr sentado junto a ela
e a abanar a cabeça como quem dizia que sim. Lá foi, então, a sua dona abrir a
porta, para acolher o cão e a sua primeira atitude foi dar um banho ao animal.
Inicialmente, pensou que o cão abandonado fosse rafeiro mas, depois de lavado,
viu que era da raça do seu cão e decidiu aceitá-lo em sua casa.
A partir desse dia, os cães andavam sempre na brincadeira, e adoravam ir
buscar o correio. Tudo menos pôr a mesa, porque caso contrário seria só pratos
pelo chão!
A senhora andava desconfiada se os
dois cães não seriam irmãos, e então foi fazer o teste do ADN. Quando chegaram
os resultados, descobri
u que eram de facto irmãos e ao saber disto, ficou com
os dois cães para sempre.
Muito mais tarde, quando a senhora morreu,
pois já era de uma certa idade, os dois cães não saíam junto da campa da sua
querida e falecida dona e acabaram por morrer lá. Tal era o carinho e a estima
que tinham por ela!
João
Batista, nº 8, 8º F
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