Hoje, estou a
escrever-vos, porque quero partilhar convosco uma bonita história que começa
assim:
João era um menino
muito estranho para a sua idade. No recreio, não brincava com os seus colegas,
ficava sempre sozinho. Mas não era porque queria, já que os seus colegas da
escola o colocavam de parte e faziam-no sentir-se mal, pois era diferente. João
era cego.
Num
dia como todos os outros, João estava no intervalo no seu local preferido,
quando lhe pareceu ouvir qualquer coisa. Parecia-lhe um cão. Um cão ali?! Que
estranho, pensava ele, porque o canil da sua aldeia era muito ativo e quase
nunca se via ou ouvia um cão na rua.
Ao
sair das aulas, quando estava a ir para casa a pé, como era habitual, João
sentiu qualquer coisa a segui-lo. Parou e um cão foi ter consigo. Ele fez-lhe
festinhas e logo simpatizou com ele. O animal tinha-se aproximado dele, porque
sentia a sua tristeza, por causa do desprezo por parte dos seus colegas.
A
parir daquele encontro, o menino e o cão ficaram muito amigos. Faziam tudo
juntos. Marti, o nome que ele tinha dado ao seu fiel amigo, era muito
inteligente, brincalhão e ajudava o João, guiando-o.
Quando
os seus colegas viram Marti, foram de imediato ter com ele e a partir desse
dia, o menino já se dava bem com todos eles, pois todas as outras crianças
achavam muita piada ao animal.
Entretanto,
passaram dez anos e Marti acabou por morrer de velhice. Foi, de facto, um dia
muito triste para João, pois tinha acabado de perder o seu melhor amigo, aquele
que o tinha ajudado em criança, quando ele mais precisara.
João
nunca esqueceu o seu primeiro animal.
Estou
a contar esta história, porque acho que os animais não devem ser abandonados.
Eles são fiéis amigos que nunca desapontam os seus donos. São criaturas dóceis
e precisam de amor e carinho tal como as pessoas. Por isso nós, humanos, não
somos ninguém para os abandonar. Eles até ajudam seres humanos com dificuldades
como no caso do João.
Beatriz Santos, nº 4,
8º C
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