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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Um fiel amigo


Hoje, estou a escrever-vos, porque quero partilhar convosco uma bonita história que começa assim:
João era um menino muito estranho para a sua idade. No recreio, não brincava com os seus colegas, ficava sempre sozinho. Mas não era porque queria, já que os seus colegas da escola o colocavam de parte e faziam-no sentir-se mal, pois era diferente. João era cego.
            Num dia como todos os outros, João estava no intervalo no seu local preferido, quando lhe pareceu ouvir qualquer coisa. Parecia-lhe um cão. Um cão ali?! Que estranho, pensava ele, porque o canil da sua aldeia era muito ativo e quase nunca se via ou ouvia um cão na rua.
            Ao sair das aulas, quando estava a ir para casa a pé, como era habitual, João sentiu qualquer coisa a segui-lo. Parou e um cão foi ter consigo. Ele fez-lhe festinhas e logo simpatizou com ele. O animal tinha-se aproximado dele, porque sentia a sua tristeza, por causa do desprezo por parte dos seus colegas.
            A parir daquele encontro, o menino e o cão ficaram muito amigos. Faziam tudo juntos. Marti, o nome que ele tinha dado ao seu fiel amigo, era muito inteligente, brincalhão e ajudava o João, guiando-o.
            Quando os seus colegas viram Marti, foram de imediato ter com ele e a partir desse dia, o menino já se dava bem com todos eles, pois todas as outras crianças achavam muita piada ao animal.
            Entretanto, passaram dez anos e Marti acabou por morrer de velhice. Foi, de facto, um dia muito triste para João, pois tinha acabado de perder o seu melhor amigo, aquele que o tinha ajudado em criança, quando ele mais precisara.
            João nunca esqueceu o seu primeiro animal.
            Estou a contar esta história, porque acho que os animais não devem ser abandonados. Eles são fiéis amigos que nunca desapontam os seus donos. São criaturas dóceis e precisam de amor e carinho tal como as pessoas. Por isso nós, humanos, não somos ninguém para os abandonar. Eles até ajudam seres humanos com dificuldades como no caso do João.



Beatriz Santos, nº 4, 8º C

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