Era uma vez um gato de certa idade que era gordo, preto e
chamava-se Farrusco.
Um dia, a família do Farrusco foi de férias e como não o
podia levar, abandonou-o sem dó nem piedade! Entretanto, ele ia a andar numa
grande estrada que passava no meio de um campo verdejante com muitas papoilas,
até que encontrou uma garça-real. Ele olhou para ela e momentos depois, teve
coragem para lhe dizer:
- Tu és esquisita, nunca tinha visto
um ser assim!
- Não sou um ser qualquer! Sou uma
garça-real e pela tua cara tão tristonha, foste abandonado, certo?!
- Sim, fui! Por acaso, não sabes de
nenhum sítio onde eu possa ficar? - questionou ele.
- Sei! Por acaso, sei! – informou a
garça-real, que se chamava Josefina.
Pouco depois, chegaram ambos a uma quinta que era habitada
por um senhor já de idade, que precisava de um animal de estimação e tanto lhe
fazia ser um cão como um gato. Sendo assim, quando ele viu o Farrusco, gritou:
- Que beldade, tão fofinho! Este
gatinho é a coisa mais bonita que eu já vi!
Então, levou-o para a sua casa, acariciando-o e quando lá
chegou, deu-lhe leite.
No dia seguinte, ele foi conhecer quem vivia naquela quinta,
e conheceu ainda uma cabra, um boi e um carneiro, que rapidamente simpatizaram
com ele. O gato, por sua vez, perguntou à garça-real:
- Não ficas aqui comigo?
- Talvez faça um ninho aqui. – disse ela e acabou realmente
por ficar naquele local.
E, a partir daquele dia, os cinco animais passaram a ser os
melhores amigos e ali, Farrusco passou os seus melhores anos de vida. Entretanto,
o tempo foi passando, e ele foi envelhecendo e quando morreu, o dono da quinta
fez-lhe uma campa no estábulo para assim poder ficar junto dos animais que tão
bem o acolheram, depois de ter sido desumanamente abandonado.
Jorge
Gabriel, 8º F
Sem comentários:
Enviar um comentário