Ergo o olhar,
Escuto o luar,
Colocando a mão no peito.
A ânsia do não te ver,
Serve para entender
Que sem ti não posso viver,
Não posso mais esconder…
Sem ti fecha-se o paraíso.
Mostram-me um caminho,
Vou pintando as minhas pegadas
E com carinho as alinho.
Olho para trás,
Fazendo aparecer atrás de mim
Uma foto minha e tua.
Mas só há terreno para a frente,
Ajoelho-me e tento voltar para trás.
O pincel não pinta pegadas invertidas,
E já não me restam tintas coloridas…
O caminho fica cinzento.
Desapareceu a harmonia…
E, é com a morte da alegria,
Que percebo que estas memórias são más.
Mas preciso de ti,
Mesmo sabendo que vou morrer…
Esta dor é na alma!
Não consigo fazê-la desaparecer!
Olho para o pincel,
O vermelho da paixão ficou negro.
Afinal que quadro é este
Que muda de cor se me alegro?!
Continuo a alinhar as pegadas
Que ficam marcadas,
Nesta tela imunda,
Fria e profunda…
Já percebi que o nosso amor é veneno,
Pois estou fechado num mundo grande,
Representado por um quadro pequeno…
Ah! Como a saudade é enorme…
Ana Neta S. Pereira, nº 3, 8º E
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