Tive um
sonho,
Triste,
medonho
Que me
custa recordar:
Vivíamos
num túnel
Em completa
escuridão
Sem nesga
de luz solar
Que nos
pudesse animar.
Éramos
estátuas mudas
Sem
palavras, expectantes,
Fantasmas
de operetas,
Mortos
vivos ambulantes.
Fugindo da realidade,
Deambulávamos
sem parar
Esperando
que algum dia
Alguém nos
viesse libertar.
E numa
manhã de Abril,
Tocaram
trombetas,
Rufaram
tambores,
E vieram
soldados
Quais anjos
libertadores.
Abriram
prisões,
Derrubaram
muros,
Arrancaram
grades,
Cortaram
grilhões
E
levaram-nos à Claridade.
Com
lágrimas emocionadas
Festejámos
a Liberdade.
Liberdade
de renascer,
Liberdade
de escolher.
(Não foi
Sonho! Foi Verdade!)
Maria Celeste da Silva Torres
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