Liberdade,
da longa e escUra noite nascida
no desejo Telúrico
das primeiras rosas
a florir num regAço de pão!...
Para quê, se
todas as manhãs
O
sol a limpar uma réstia de névoa
Rente ao chão, enquanto,
Tangente à borda dos contentores
Um homem com fome, que podia ser eu,
Grisalho da barba,
Atira as mãos para dentro do
Lixo, na busca dos restos…
Lenta
a travessia deste inverno
na
melanColia dos dias sem medida,
como se a água que cobre
o cHão de espelhos
teimasse em reflectir a face amargurada dO
teu povo
neste Retrato
em branco e negro
onde em tantos olhos
o sal dA despedida…
Fria, a liberdade agrilhoada, como esta
chuva:
Escuto-a batendo com o nó dos dedos
Sobre a vidraça,
Tecendo rios de lágrimas
Antes do mar…
E
o futuro deste país sufocado pela
finança
no deSespero de Abril que tanto tarda,
Para que um cravo floresça de novo
Para que um cravo floresça de novo
no cano ferrugento da Esperança
e um arco-íris Reinvente uma
espingarda
no Arco verde dos teus olhos de criança!...
Acorda, já floreSce a primavera…
mas luta, meu POrtugal em festa,
resiste com a Alma que Nos resta,
não percas dos teus sonHos a quimera
e proclama bem alto LIBERDADE!
Joaquim
Armindo
2014.03.25
Sem comentários:
Enviar um comentário