Hoje encontro-me deitada
Repugnante, da minha própria imagem
Sinto-me esquecida, enfraquecida,
ignorada
Isso não faz parte da minha
camuflagem.
Olho o tecto, não me diz nada
Mas tudo me conta em pequenas
analepses
Memórias atacam como grandes
bicharadas
O meu quarto transformou-se, de repente, num
convento
de cistercienses,
Amanhã será outro dia, repito sempre para mim
mesma,
Passo a noite a chorar, para ninguém as minhas
lágrimas ver
Carrego comigo, uma carruagem, uma resma,
Um ataque de sentimentos diários, que tento abater
Será que alguém sabe ou se importa?
Saberá alguém o meu sofrimento,
O que carrega a minha aorta
Esta tortura, padecimento?
Mas alevanto-me com força, bruscamente e agressiva
Enxugo as lágrimas impotente e frágil de vontade
Toco a minha cara inexpressiva
Repleta de infelicidade
Sorrio porque apesar de esta minha tristeza
Amanhã poderá mudar para uma verdadeira euforia.
Jenny Fernandes, 11º D
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