Podíamos ser um jardim,
Composto por múltiplas
mãos.
António, Deolinda, Ana,
Joaquim…
As nossas mãos,
queridos irmãos!
Convivemos desde tão
tenra idade…
Todos trilhámos sendas diferentes!
Sobrevivemos, criámos
sólidas raízes,
Soubemos dar tempo ao
tempo.
Vimos brotar tão belas
sementes!
Surgiram gerberas deveras
teimosas,
Vieram orquídeas um
pouco vaidosas.
Também as rosas, com os
seus espinhos,
Tornaram difíceis os
nossos caminhos!
Todas fizeram o nosso
jardim,
Todas completam o todo
em mim.
O tempo é já de
melancolia
O tempo não para, leva
consigo cada dia…
Deixemo-lo passar,
levar…
Aceitemos que ele vai não
voltar…
Nesta derradeira fase
da vida
Percebemos tudo! Somos
efémeros!
Por isso, queridos
irmãos, façamos festa!
Com força, e até à
última gota,
Aproveitemos o que nos
resta,
Ainda podemos ser,
juntos, muito felizes!
Paulo
Peixoto, 12.º F
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