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sexta-feira, 29 de março de 2013

Dia mundial da poesia


21 de março de 2013
Este dia é celebrado a 21 de Março e serve para promover a escrita e a leitura. Palavras de Fernando Pessoa, Ricardo Reis, Álvaro Campos e de muitos outros poetas não podem ser passados despercebidos. Segue-se então um poema de Fernando Pessoa:

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Ana Francisca, O Ciclista




Fernando Pessoa


A História de um Poeta


Fernando Pessoa, o ilustre e conhecido poeta português, nem sempre foi o que idealizámos, mas para que entendam melhor esta minha afirmação, vou contar-vos um pouco da sua história.
Mas, atenção, esta história que vos vou contar é simplesmente resultado da minha imaginação!
Fernando era um jovem, bom aluno, na generalidade das disciplinas, contudo não gostava de Português. Muitas vezes, os seus pais eram chamados à escola por este se recusar a colaborar e a fazer os trabalhos nesta disciplina. Neste sentido, o seu pai decidiu colocar em prática um plano para que este se apaixonasse pela leitura e pela poesia. A primeira atitude que teve foi levá-lo a um recital de música, algo que nunca fizera com o seu filho. Fernando adorou, ficou completamente rendido ao assistir a tão belo espetáculo e, logo que chegou a casa, agradeceu ao seu pai e disse:
- Pai, quando é que me leva de novo?
O seu pai continuou com o seu plano em prática e de seguida, levou-o a assistir a algumas peças de teatro de autores de renome português, um deles Gil Vicente, que já estudámos nas nossas aulas de Português.
No interior do coração de Fernando, começou assim a brotar o “gostinho” pela leitura. Queria conhecer mais sobre aqueles autores que vira no teatro e, ao mesmo tempo, sentiu necessidade de exteriorizar os seus sentimentos através da escrita.
Na escola, começou a adorar as aulas de Português e a maior parte dos seus textos foram publicados nos jornais da época, começando, pouco a pouco, a tornar-se o famoso poeta que hoje conhecemos.

Edna Almeida, 9º D


O poder da poesia


Nos mais idosos, a poesia é fundamental, uma vez que não conseguem fazer quase nada. No entanto, ainda podem ter o prazer de ler.
 Certo dia, andava eu a passear pela rua muito contente e feliz da vida, quando vi uma senhora com uma certa idade a trazer alguns sacos da mercearia que nem conseguia carregar. Tinha um semblante muito frágil, uma face de pele muito enrugada e era baixinha. A senhora andava muito devagar e notava-se que aquilo que ela levava era pesado. Mas, ao mesmo tempo que andava, estava sempre a sorrir.
Eu, entretanto, encontrei-me com ela na rua e perguntei:
- Quer ajuda, minha senhora?
- Se não te importares, eu agradecia! - disse ela com a voz muito suave e a sorrir.
Eu levei-lhe, então, as compras a casa, deixei-as à entrada e fui-me embora. Passado uma semana, encontrei-a outra vez e perguntei-lhe o mesmo. Claro que ela respondeu afirmativamente. Sendo assim, eu levei-lhe os sacos das compras como da outra vez e desta vez, lembrei-me de ficar, algum tempo, lá em casa para lhe fazer alguma companhia. Ela, por sua vez, perguntou-me o que é que eu estava a fazer. Por acaso, eu até tinha alguns livros comigo e pedi-lhe para ela se deitar na cama e ficar calma. Ela fez o que eu lhe disse e, de seguida, fui buscar-lhe um chá e depois, li-lhe alguns poemas. A senhora, à medida que eu ia lendo, ia sorrindo e parecia que estava a ficar diferente, com um outro ânimo e com outro olhar.
Li-lhe livros de poesia durante um mês e constatei que ela já não era a mesma pessoa, parecia até ter rejuvenescido e já conseguia trazer as compras sozinha. Quanto a mim, continuei a fazer-lhe as minhas visitas para lhe dar o prazer de ouvir a poesia.



Nuno Miranda, 9º C

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