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sábado, 12 de setembro de 2020

O Suspiro da Terra

É difícil o pensamento

Que entre as nossas veias corre,

Como é que algo tão doce como o abraço morre?

O toque já não é um contentamento.

É genuína a dor no rosto

Do pai que vive na grande cidade.

O medo muda a intensidade

Do encontro com o filho

Que acena no outro lado da rua.

É interessante como muda a mente

Do aluno que, antes, esperava pelo toque da campainha.

Anseia agora por um caloroso abraço e deseja voltar à rotina.

É doloroso receber esta lição.

Quão doloroso será ver o planeta pedir ajuda

Ninguém vai acudir?

Talvez esta pandemia seja apenas um momento de alívio:

Talvez seja o suspiro da Terra!

Alexandra de Seabra e Oliveira, n.° 1, 10.° F, EBSA

 

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