Não aprecio sair nem saio muito
Sempre gosto do meu conforto
Mas ao sair, deixo de ser cego
Vejo o mundo que me pede apelo
Acordo e sinto-mo perdido
E não me lembro o que é respirar
Mas ao sair, tenho o odor do mundo
Consigo voltar a cheirar.
Em casa pouco há para eu escutar
Nada me consegue agradar
Mas ao sair, só encontro o sossego
Como é diferente eu já não me queixo.
Com pouco para fazer já estou a arrefecer
Só pelo vidro o sol me consegue bater
Mas ao sair, encontro um bom relvado
Deixo-me com a estrela e deito-me para o lado.
Quanto a tudo o que me bem sabe
É melhor ficar nesta pequeníssima cidade
Mas ao sair, do que encontro nada se come
Com tudo rançoso fico cheio de fome.
Além disso, pouco consigo sentir
Estou muito bem, não consigo mentir
Mas ao sair, … não vou sair, não
Tenho comida e jogos, não preciso de mais nada.
João Bastos, 7.º ano, turma F, EBSAnadia
Sem comentários:
Enviar um comentário