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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Viagem às joias da minha terra

As joias da minha aldeia são a fonte, a capela e o centro sociocultural. Joias porquê? Joias porque por detrás de todas elas há uma grande história.
Antes de mais, conhecer a minha aldeia implica recuar no tempo até 1064, época em que D. Afonso Henriques deu a coutada de Horta, ou seja, cedeu uma propriedade sua a um Senhorio.
Pensa-se que Horta (inclusive o próprio nome) vem de uma antiga quinta “Quinta de Horta”. Esta quinta tinha várias particularidades: era autossustentável, possuía lagar, moinho e capela. O espaço datava do século XVIII e tinha um brasão que pertencia à família “Albuquerque”.
Um dos valores mais interessantes da quinta, do meu ponto de vista, era o de possuir água “canalizada” por sistemas antigos.
Voltando às joias da minha aldeia. Em relação à fonte, ela foi construída em 1943 e as suas águas foram usadas, durante muitos anos, na estância termal da Curia, devido à sua pureza.
Quanto à capela, ela possuía pinturas feitas com o mesmo tipo de tinta que Miguel Ângelo usou. Na sua reconstrução as tintas foram substituídas por tinta plástica, situação que muito desagradou a população.
O altar, que antigamente era em talha dourada, também foi modificado mas mantém ainda um pouco da estrutura e beleza antigas.
Finalmente, o Centro Sociocultural. Esta obra foi criada por um grupo de pessoas que sentiu necessidade de o criar para introduzir uma veia cultural na aldeia.
A construção do Centro foi iniciada em 1992 com a participação da população em geral e com o apoio de instituições locais e do próprio governo. Contudo, só alguns anos mais tarde se deu por concluída a obra, tendo começado a atividade cultural em 1998.
O projeto foi de tal forma vivido e sentido que conseguiu superar todas as dificuldades.
Os elementos da então direção escolheram como hino a música “Os índios da meia praia” de Zeca Afonso.
Uma coisa é certa, a construção do Centro Sociocultural de Horta gerou na aldeia um movimento de união que desde essa altura e ainda hoje se mantém de pé.

Beatriz Agante, nº 9, 8º E

1 comentário:

  1. Obrigada por me mostrares uma aldeia que eu conhecia de passagem, mas que passei a ver com outros olhos.
    E parabéns pelo teu texto que li com muito prazer!
    MM

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