Neste primeiro dia de
verão, que começa em Portugal exatamente às 10 horas e 51 minutos, momento conhecido
como solstício de verão*, apresentamos um trabalho sobre um lugar paradisíaco
bem próximo de nós…
* momento em que o Sol atinge a maior declinação latitudinal,
medida a partir da linha do Equador.
Praia de Mira
Foi-nos feita uma proposta para fazemos
uma reportagem sobre uma zona de Portugal à nossa escolha.
Ora, neste nosso
trabalho, iremos dar-vos a conhecer um lugar magnífico chamado Praia de Mira.
Escolhemos este lugar pois é-nos familiar, e uma de nós até chegou a passar lá
a sua infância.
A Praia de Mira é uma vila e
freguesia portuguesa do concelho de Mira.
Todos os anos, no
verão, vêm centenas de turistas visitar as maravilhosas praias desta freguesia.
A praia de Mira, em
2011, era a única praia do Mundo com a Bandeira Azul durante 25 anos
consecutivos.
Os Palheiros
Em
meados dos anos 50 existiam mais de 600 construções em madeira. A maior
originalidade deste aglomerado de pescadores/agricultores era exatamente a sua
arquitetura de madeira que, sem ser exclusiva nesta região completamente
desprovida de pedra e com abundância de pinhais, adquiriu aqui a sua expressão
mais pura, as casas chegavam a atingir dois e mesmo três andares, possuindo
dimensões não encontradas noutras praias e formavam a quase totalidade da povoação
até ao final dos anos 60.
A
própria capela, junto da praia e ainda existente, é de madeira, pintada de azul
e branco e é um dos principais símbolos desta povoação.
Pesca
artesanal
Cada barco era lançado à água e retirado
de lá por duas juntas que puxavam cabos presos às argolas da proa ou da ré do
barco. Este deslizava sobre rolos de pinho colocados no sentido da largura que,
por sua vez, rolavam sobre uma dezena de vigas compridas e flexíveis de
eucalipto, dispostas longitudinalmente. A rede era puxada por dez juntas de
bois. Quando o barco saía, ficava logo um cabo preso na praia, o outro era trazido
pelo barco, no regresso.
No
ano 2009, algumas das suas companhas pararam. Neste momento, só estão a trabalhar
sete companhas, as principais têm como o nome do seu barco: S. José, António
Vieira, F.C.P. e Estrela-do-mar.
Museu
Etnográfico - Praia de Mira, Portugal
O museu está dividido em dois pisos. No
primeiro piso, encontram-se o Posto de Turismo e uma sala de exposições
temporárias que comunica com espaços de exposições permanentes: das origens da
Praia de Mira, passando pelo património arquitetónico, abordando as artes da
pesca no mar, e viajando na epopeia do pescador da Praia de Mira.
No segundo piso, aborda-se o
comportamento das populações locais, desde o traje regional às manifestações
mais salientes de como exerciam a profissão, na agricultura e na pesca, como
viviam e como se relacionavam.
Estátua dos
pescadores
A
estátua de homenagem ao povo da Praia de Mira, Pescadores, é uma escultura em bronze
de André Alves, representando uma família de pescadores.
Turismo
Parques de Campismo:
Mira Lodge Park, Municipal, Orbitur.
Estes locais são
ideais para descanso e relaxe dos turistas e até dos próprios habitantes.
Clube
Náutico
O Clube Náutico é um
local onde são desenvolvidas as atividades de lazer dos turistas como karaoke, dança e diversos tipos de jogos
desportivos.
Caro leitor, podemos
assim certificar que a Praia de Mira está sempre pronta para receber turistas
proporcionando assim várias atividades. Contudo, a melhor época de visitar este
interessante local será o verão.
Trabalho
realizado por Anastasiya e Chelsea, alunas do 8º E
Nota: Imagens adaptadas da Internet.
Parabéns pelo vosso trabalho de pesquisa!
ResponderEliminarA Praia de Mira é a "minha" praia, pois era lá que passava 15 dias de férias por ano, desde pequenina até à idade adulta. Isso permitiu construir amizade com uma família da praia e conhecer de perto as suas vivências. As primeiras casas em que ficamos eram de madeira (os tais palheiros). Depois passaram a ser de tijolos, sendo que, em muitos casos, as paredes de tijolo eram erguidas por dentro das de madeira e apresentadas como facto consumado (possivelmente para fugir a burocracia e a pagamento de licenças). Isso teve um lado perverso: o labirinto de ruas estreitas e ziguezagueantes em algumas zonas da povoação.
Da década de 60 (da minha meninice e juventude) faziam também parte a Barrinha onde os jovens se juntavam para um mergulho a meio da tarde e o viveiro dos peixes que faziam as delícias da pequenada (não sei se ainda existem). Muitas memórias se atropelaram na minha cabeça enquanto lia o vosso texto sobre a Praia de Mira...