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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ação dinamizada pela Escola Segura sobre Bullying e Cyberbullying

O Ciclista esteve presente numa das múltiplas sessões de sensibilização sobre o “Bullying e Cyberbullying”, decorridas ao longo do mês de março destinadas aos alunos do 3º ciclo e secundário. Esta ação foi promovida e organizada pelos agentes do Programa Escola Segura.
Gostaríamos de dar conhecimento a todos os nossos leitores desta ação, dada a pertinência do tema tratado pelos agentes da Escola Segura, que explicaram aos alunos que o Bullying é uma “forma de violência física e verbal geralmente entre adolescentes e em ambientes onde não existe a supervisão de adultos. Os atos de violência são na sua maioria praticados contra alguém que não tem hipótese de se defender e é física e psicologicamente mais fraco”.
Segundo o que foi explicado, existe o Bullying direto, físico e verbal e o Bullying indireto.
Foi referido que no Bullying existem dois protagonistas, o agressor, também designado por bully e a vítima conhecido por bullied. Também poderão existir cúmplices que testemunham a situação e são designados por bystanders.
Os alunos ficaram a saber que existem dois tipos de vítimas, as ativas, que reagem muitas vezes de forma violenta e desafiante e as passivas, que são aquelas inseguras, introvertidas e que sofrem em silêncio os ataques do agressor. Mas, existem sinais de alerta que tanto podem ser a nível social, quando o indivíduo se isola, ou é solitário, ou prefere a companhia de adultos; a nível físico, quando o índividuo se queixa que está doente, tem perda de apetite, ou se torna desastrado, ou apresenta mesmo algumas lesões, a nível emocional ou comportamental, quando se apresenta nervoso, preocupado, inseguro, com baixa autoconfiança, ou autoestima, mal-humorado, ou se recusa a ir à escola.
Os alunos ainda foram informados que o agressor, ou bully, normalmente apresenta comportamentos agressivos e atitudes violentas e que existem sete tipos de agressores.
Na maioria as testemunhas, ou Bystanders, resignam-se ao silêncio e não ajudam a vítima e podem mesmo ajudar a incentivar e a encorajar o bully, ou, contrariamente, podem ajudar a vitíma. Mas, frequentemente, temem que ao intervir ajudem a piorar a situação da vítima, o que realmente não se verifica.
A vítima deve falar com os seus pais e com os seus professores. Por sua vez, os pais devem dirigir-se à escola e comunicar ao diretor de turma quaisquer ocorrências, que por sua vez deve comunicar à direção e esta fará o encaminhamento às autoridades competentes. Qualquer um dos envolvidos, pais ou professores, deve evitar comportamentos que possam transmitir medo à vítima e irritar o agressor.
As consequências para as vítimas de bullying poderão ser imediatas, quando se dão no momento da agressão, ou a longo prazo, podendo afetar todo o seu percurso escolar. Neste último caso, a vítima poderá vir a tornar-se no futuro um adulto deprimido e com falta de autoestima. Mas, também existem consequências para o bully, pois este aprende a lidar com os problemas através da violência, atacando os mais fracos. Tornam-se, normalmente, adultos deliquentes.
Para finalizar foi salientado que a agressão física e psicológica constitui um crime. Em Portugal, os jovens, entre os 12 e os 16 anos, estão sujeitos à Lei Tutelar Educativa.
 O interesse dos alunos esteve sempre presente, não apenas pela atenção demonstrada, mas também nas questões colocadas.


Graça Matos, O Ciclista




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