O Ciclista esteve
presente numa das múltiplas sessões de sensibilização sobre o “Bullying e
Cyberbullying”, decorridas ao longo do mês de março destinadas aos alunos do 3º
ciclo e secundário. Esta ação foi promovida e organizada pelos agentes do
Programa Escola Segura.
Gostaríamos de dar
conhecimento a todos os nossos leitores desta ação, dada a pertinência do tema
tratado pelos agentes da Escola Segura, que explicaram aos alunos que o
Bullying é uma “forma de violência física
e verbal geralmente entre adolescentes e em ambientes onde não existe a
supervisão de adultos. Os atos de violência são na sua maioria praticados
contra alguém que não tem hipótese de se defender e é física e psicologicamente
mais fraco”.
Segundo o que foi
explicado, existe o Bullying direto, físico e verbal e o Bullying indireto.
Foi referido que no
Bullying existem dois protagonistas, o agressor, também designado por bully e a
vítima conhecido por bullied. Também poderão existir cúmplices que testemunham
a situação e são designados por bystanders.
Os alunos ficaram a
saber que existem dois tipos de vítimas, as ativas, que reagem muitas vezes de
forma violenta e desafiante e as passivas, que são aquelas inseguras,
introvertidas e que sofrem em silêncio os ataques do agressor. Mas, existem
sinais de alerta que tanto podem ser a nível social, quando o indivíduo se
isola, ou é
solitário, ou prefere a companhia de adultos; a nível físico, quando o
índividuo se queixa que está doente, tem perda de apetite, ou se torna
desastrado, ou apresenta mesmo algumas lesões, a nível emocional ou
comportamental, quando se apresenta nervoso, preocupado, inseguro, com baixa
autoconfiança, ou autoestima, mal-humorado, ou se recusa a ir à escola.
Os alunos ainda foram informados que o agressor, ou bully,
normalmente apresenta comportamentos agressivos e atitudes violentas e que
existem sete tipos de agressores.
Na maioria as testemunhas, ou Bystanders, resignam-se ao
silêncio e não ajudam a vítima e podem mesmo ajudar a incentivar e a encorajar
o bully, ou, contrariamente, podem ajudar a vitíma. Mas, frequentemente, temem
que ao intervir ajudem a piorar a situação da vítima, o que realmente não se
verifica.
A vítima deve falar com os seus pais e com os seus
professores. Por sua vez, os pais devem dirigir-se à escola e comunicar ao
diretor de turma quaisquer ocorrências, que por sua vez deve comunicar à
direção e esta fará o encaminhamento às autoridades competentes. Qualquer um
dos envolvidos, pais ou professores, deve evitar comportamentos que possam
transmitir medo à vítima e irritar o agressor.
As consequências para as vítimas de bullying poderão ser
imediatas, quando se dão no momento da agressão, ou a longo prazo, podendo
afetar todo o seu percurso escolar. Neste último caso, a vítima poderá vir a
tornar-se no futuro um adulto deprimido e com falta de autoestima. Mas, também
existem consequências para o bully, pois este aprende a lidar com os problemas
através da violência, atacando os mais fracos. Tornam-se, normalmente, adultos
deliquentes.
Para finalizar foi salientado que a agressão física e
psicológica constitui um crime. Em Portugal, os jovens, entre os 12 e os 16
anos, estão sujeitos à Lei Tutelar Educativa.
O
interesse dos alunos esteve sempre presente, não apenas pela atenção
demonstrada, mas também nas questões colocadas.
Graça Matos, O Ciclista
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