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sábado, 31 de maio de 2014

Dia Mundial sem tabaco

Mais um dia no liceu, e as quatro melhores amigas combinaram encontrar-se no seu local preferido que só era frequentado por elas, uma vez que só elas é que sabiam da sua existência.
O moinho velho já em ruínas, mas o qual as raparigas consideravam ser acolhedor, era o seu esconderijo. Neste local, a Marlene confiava todas as informações sobre o novo colega de turma por quem, as amigas rapidamente perceberam, se sentia apaixonada. No entanto, a jovem sabia que seria um amor impossível, pois o rapaz era completamente diferente dela.
A Marlene era responsável e fazia de tudo para ter sucesso na escola, tendo porém sempre em mente que mais tarde seria difícil o acesso a um emprego, mas um dos seus defeitos era ser altamente influenciável. Esta rapariga tinha um cabelo encaracolado bastante volumoso, era alta e com uns olhos peculiares que, mesmo as amigas já a conhecendo há muito tempo, sempre que a olhavam nos olhos continuavam a ficar impressionadas. O Xavier, rapaz por quem a Marlene sentia uma certa atração, era desmazelado, sem objetivos de vida e relacionava-se com as pessoas mais famosas do liceu. No entanto, estas eram conhecidas pelas suas suspensões e expulsões de outras escolas. Por outro lado, havia ainda outro aspeto que marcava a vida de Xavier, era o facto de ser viciado em fumar.
No liceu, todos conheciam aquele magnífico quarteto, não só pelas esplêndidas notas que cada uma tirava, mas também pelos fortes e intensos laços que criaram ao longo da vida.
Estavam numa época sem testes e ainda faltavam cerca de três meses para os exames, quando as jovens foram convidadas para uma pequena festa em casa de um amigo do Xavier. Nenhuma delas estava com vontade de ir. Contudo, a Marlene sabia que o Xavier ia estar presente e ela não podia faltar de maneira nenhuma! Sendo assim, as amigas não a iam deixar sozinha e foram também.
Na festa, as raparigas chegaram à conclusão de que certamente se iriam arrepender se não tivessem vindo, pois estavam a divertir-se bastante. A Marlene já tinha avistado o Xavier e também já tinha adquirido coragem para ir ter com ele. Até que, de repente, ele ofereceu um cigarro à jovem apaixonada que, numa tentativa desesperada de se tentar enquadrar no grupo do Xavier, aceitou. As amigas, por sua vez, dirigiram-se a ela e perguntaram-lhe o que estava ela a fazer, mas Marlene, tentando de uma forma inconsciente encarar a situação, pediu mais cigarros para dar às amigas e como três destas estavam algo embriagadas, não resistiram até que Júlia, um dos elementos do grupo que não tinha bebido em exagero, confrontou Marlene, dizendo que o que ela estava a fazer era incorreto, pois para além de tentar impressionar um rapaz fumando também estava a influenciar as colegas a fumarem.
Extremamente revoltada, Júlia decidiu sair daquele local porque, depois de repreender as amigas, foi gozada pelos amigos de Xavier e o mais surpreendente é que foi chamada de inconveniente por parte daquelas que considerava serem realmente verdadeiras amigas.
A partir daquela noite, a relação do quarteto não voltou a ser igual e as três amigas acabaram por se tornar fumadoras.
Foi então detetado, já passados alguns meses, um cancro nos brônquios a Marlene. A jovem teve de ser internada. Felizmente o cancro ainda não estava desenvolvido e era possível com tratamento recuperar da doença. A relação entre a Marlene e Júlia tinha ficado tensa desde a última vez, mas a amizade falou mais alto e Júlia foi visitar a jovem, tendo neste encontro combinado que iriam juntamente com as outras duas amigas criar campanhas de sensibilização para que os fumadores deixassem de o fazer. Decidiram também inventar métodos que facilitassem aos fumadores largar aquele poderoso vício que, nessa fase do desenvolvimento, prejudica o processo de maturação dos pulmões e do sistema nervoso central, e, na verdade, os adolescentes que experimentam fumar nesta idade têm um risco elevado de se tornarem dependentes.
Por este motivo, as amigas sentiram-se na obrigação de combater e auxiliarem os outros na luta contra a dependência pelo tabaco.
Para além de tudo, este vício quase destruiu a relação de amizade que existia entre as quatro amigas.


João Pedro Rocha, O Ciclista

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A importância das palavras

Sem as palavras
A poesia não existiria,
E nós seríamos humanos
Com a alma vazia.
Sem as palavras
Não poderíamos cantar.
O mundo seria um silêncio
Sem palavras para amar.
As palavras caracterizam bons momentos
E com elas eu partilho sentimentos. 

Mariana Santos Serra, nº 17, 9º A

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Palavras sinceras

Palavras sinceras
Todas elas coloridas e verdadeiras,
Palavras do coração 
São de amor e emoção.
E assim é feita a poesia!

Sofia Dias Ferreira, nº 22, 9º A

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Poesia é…

A poesia é uma forma fácil
De dar vida às nossas emoções,
É como correr que é divertido,
Animando assim os nossos corações.
  João Paulo Silva, nº 10, 8º F


Criar poesia é desabafar,
Naquele velho pedaço de papel,
Que está sempre à espera de ser visitado
Pela caneta ou pelo lápis,
Para poder dar vida à nossa imaginação
E fazer uma longa viagem
Até ao nosso coração.  

Jéssica Gomes, nº 7, 8º F

terça-feira, 27 de maio de 2014

Tudo mudou…

O meu mundo
Tu mudaste.
O meu fundo
Tu pintaste.
A minha vida alterou,
A minha mente percebeu.
Tudo mudou,
Menos eu.
A dor permanece,
Mas o ser evoluiu.
A alma não esquece
O que era nosso e partiu.

Inês Gouveia, nº 15, 8º Ano Turma E

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Escrever poesia é

Escrever poesia é fácil,
É como jogar futebol.
No jogo, temos de imaginar as nossas táticas
E estar com muita atenção para podermos vencer.
Na poesia, podemos dar asas à nossa imaginação
E vida às palavras, que fazem nascer belíssimos poemas
E é assim que alcançamos a nossa vitória
E damos vida majestosa à poesia, vinda do nosso coração.

André Pinto, nº 1, 8º F

domingo, 25 de maio de 2014

Dia da África

Vida de Poeta
Poeta é ser livre,
É ter fogo de paixão,
Ser uma alma que brilha
No meio da escuridão.
Um poeta é um ser
Repleto de sabedoria,
Que proclama mensagens
Em forma de magia.

Margarida Lagoa, 9º A

Imagem adaptada da Internet.

sábado, 24 de maio de 2014

Dia Europeu dos Parques Naturais

Kaki, o pequeno lince

Kaki viveu toda a sua vida rodeado pela natureza. O seu sonho, desde que era um pequeno lince, sempre foi ir ver a grande cidade dos Homens.
Beth era a sua melhor amiga. Beth era uma esquila já adulta, mas muito pequenina, como convém a qualquer esquila, embora bem menor do que a maioria dos da sua espécie. Tinha o pelo claro, castanho alaranjado, com uma manchinha branca no peito.
Beth, com o seu ar maternal, sempre tivera a preocupação de alertar o seu querido amigo para os perigos da cidade.
– Sabes, Kaki, a cidade dos Homens é um sítio muito perigoso. Os seus prédios são altos e monstruosos e há carros por todo o lado que deitam tanto fumo que poluem todo o ar e os Homens, esses correm agitados de um lado para o outro e são para nós o maior perigo.
Mas, enquanto Beth falava do perigo, mais Kaki se fascinava por esse mundo desconhecido e maravilhoso, pois ele apenas ouvia a parte da aventura e filtrava o alerta do perigo como jovem que era.
- Kaki, não podes ir para lá. Os Homens vão-te apanhar e prender-te numa jaula, ou até matar-te. Sabes lá o que eles vão fazer? Como eles te vão tratar? Já te disse milhares de vezes: é muito perigoso!
Kaki sabia que Beth exagerava. Ela era pequenina e, por isso, tinha os seus medos. Mas ele era grande e o medo não era um defeito dele. Portanto, a cidade e os Homens não o assustavam. Como tal, ia fazer tudo o que era necessário para conhecer a tão falada cidade dos Homens. Eles até que pareciam simpáticos, quando os via ao longe a fazerem os seus passeios.
Chegou finalmente o dia em que Kaki considerou que estava finalmente preparado para enfrentar a grande cidade dos Homens. Contudo, não o quis fazer sem antes contar à sua amiga:
- Beth, vou até à cidade dos Homens e gostava que viesses comigo.
- Mas…
- Por favor… - implorou com aqueles olhinhos verdes suplicantes de jovem irresistível. - eu protejo-te, prometo-te!
- Está bem! Mas não nos aproximamos muito.
- Combinado! - exclamou Kaki, mais feliz do que alguma vez se sentira. – Sendo assim, amanhã de manhã, bem cedinho, quando o sol estiver a nascer, partiremos.
Como precisavam de descansar, uma vez que a viagem ainda era longa, foram-se deitar, pois precisavam de um bom descanso noturno. Como combinado, mal o sol lançou os seus primeiros raios, eles prepararam as suas trouxas e puseram-se a caminho.
Caminharam, caminharam vários quilómetros até chegarem a uma estrada, onde havia alguns carros que passavam. Beth ficou muito assustada, mas Kaki vibrava de excitação, não apenas pela novidade do momento, mas pelo fascínio que estes tiveram sobre si. Queria vê-los de perto e acercava-se perigosamente quando algum se aproximava, deliciando-se com as buzinadelas que eles lhe lançavam, alertando-o para se afastar.
- Chega-te para a berma da estrada! - ordenava Beth já em pânico, temendo pela vida do seu amiguinho. - Olha que é perigoso!
 Mas Kaki nada temia e o entusiasmo era tanto que se aventurou ainda mais para o meio da estrada, não se apercebendo do real perigo que corria. Beth, vendo os carros que velozmente se aproximavam e que nada podiam fazer, ainda gritou:
- Kaki, não!
 Contudo, era tarde demais. Já o seu amiguinho estava estendido no chão e, pelo menos, uma das suas patinhas estava ferida.
- Kaki, Kaki. – gritou ela. – O que fizeste?! Eu disse-te que era perigoso. Levanta-te.
Porém, ele não se mexia. Ela, então, tentou pegar nele mas, pequenina como era, nada conseguia, pois ela era uma simples esquila e ele era um lince. Na verdade, Kaki era muito maior que ela.
- Kaki, tu és forte, os carros continuam a passar, é perigoso estarmos aqui. Levanta-te, vamos. Anda para a beira da estrada.
 Por fim, Kaki lá se levantou e, a custo, arrastou-se para a berma. O tempo foi passando e os dois viam o seu sofrimento a aumentar. Beth bem pedia ajuda. Mas ninguém a ouvia, ou via!
Finalmente, um carro parou. Mas Beth nem sabia se havia de ficar contente ou aflita. E se fossem malfeitores e se a vida dos dois terminasse ali?! Ou se os levassem para as tais jaulas? De repente, de dentro do carro, saiu uma criança pequena, de cabelo louro e olhos muito azuis que transmitiam bondade.
- Papá, papá, o lince está ferido. Ajuda-os, por favor. - suplicou ela, com finas lágrimas que deixava cair pelo rosto e lhe avermelhavam os belos olhos.
- Não podemos levá-los para casa, Beatriz, são animais selvagens. – disse o pai. - Podem atacar-te.
- A mamã pode ajudá-lo. Ela cuida de tantos animais.
 Ao dizer isto, a menina olhou de um modo tão terno para o pai que este acabou por ceder.
- Está bem, a mamã vê isso, mas depois ligamos para o SOS Animal e eles decidem o que fazer.
António era um homem elegante e com bons músculos, portanto foi-lhe fácil pegar no lince. Seguidamente e cuidadosamente, colocou-o na mala do seu jipe. Enquanto isso, Bea pegava na pequena esquila e colocou-a no cestinho que a mãe tinha na mala, para emergências.
Chegados a casa, António e Bea transportaram Kaki e Beth para o laboratório de Graça. Beth ficou fascinada com o que viu. Nunca vira nada igual, nem fazia ideia para que servia. Logo depois chegou uma pessoa muito bonita. Devia ser a tal mamã. Sim, Bea apresentou-lhes a sua mãe e disse que ela era a veterinária da cidade e que ia cuidar deles.
Ela deu-lhes água, leitinho e bolachas. Soube mesmo bem! Depois, examinou Kaki, fez uma tala e colocou-lhe uma ligadura na pata. Ela era, de facto, adorável.
Por fim, adormeceram de tão cansados que estavam. Mais tarde, um olhito abriu e…
- Acorda, Kaki, estão aqui os Homens que nos vão enjaular. É agora que vai ser.
- O quê? O que foi? Onde estamos? Eu tenho a minha pata muito esquisita.
- Calma, pequeninos. Nós somos amigos! Vamos colocar-vos num sítio protegido até essa patinha sarar e depois vamos devolvê-los ao parque natural, que é onde vocês devem estar. – explicou um dos veterinários da SOS Animal que tinham sido alertados para a situação.
E, após estas dóceis palavras, aproximaram-se deles. Momentos depois, Maria afagava o pelo de Beth e Bernardo o de Kaki.
Beatriz chorava, pois queria ficar com eles.
- Querida, - diziam-lhe os pais – sabes, são animais selvagens, pertencem à natureza e não à cidade. Nós nem temos espaço para eles. Não insistas. Eles vão ficar muito melhor no parque natural  e nós prometemos que os iremos visitar.
Foram, então, levados na carrinha da organização SOS Animal. Claro que era uma jaula, mas os dois amigos perceberam que era temporária e que era para bem deles. Durante o trajeto até ao jardim zoológico da cidade, onde iriam ficar hospedados até à recuperação de Kaki, foram espreitando pela janela da carrinha e apreciando o passeio pela cidade dos Homens e, embora as estradas aqui fossem muito mais movimentadas, desta vez iam protegidos. Os dois iam fascinados pela grandeza dos edifícios e por muito grande que tivessem imaginado a cidade, nunca pensaram que fosse tão grande.
Finalmente, chegaram ao Zoo. A entrada estava anunciada com letras bem visíveis. A jaula era grande, apesar da exiguidade face à liberdade da natureza. Havia outros animais mas, em conversa com eles, não trocavam as suas jaulas pela natureza. Apavorava-os a vida ao ar livre, ter que lutar pela sua sobrevivência, quando ali os Homens lhes davam tudo, tratavam-lhes as doenças, davam-lhes de comer, não precisavam de caçar, tinham higiene. Por outro lado, não precisavam de ter medo dos predadores, nem das ratoeiras dos Homens. Enfim, gostavam de estar ali.
A verdade é que tudo era bem diferente!
Durante a sua permanência no Zoo, Kaki foi visto diariamente por um veterinário. Mas, para sua surpresa, Beth também.
Certo dia, a pata dele já estava boa. Portanto, estava na altura de voltar para casa. Levaram-nos, assim, novamente na carrinha até que pararam, abriram a jaula onde os transportaram e Beth e Kaki viram que estavam novamente em casa. Kaki saiu devagarinho com Beth, empoleirada nas suas costas e observava o mundo que deixara há pouco. De seguida, levantou o seu nariz apurado e aspirou o ar puro bem seu conhecido, olhou os Homens que o trouxeram, lançou-lhes um olhar grato e lançou-se na corrida mais louca que alguma vez fizera. Travou-o o lago, essa imensidão de água, onde gostava de saciar a sede e se banhar.
Que bom que é estar em casa! Nada melhor que estar ali. Os seus amigos do Zoo não têm razão, ou talvez tenham mesmo maneiras diferentes de pensar. Realmente a cidade não era o seu espaço.
Entretanto, na escola, Beatriz passou a estar à frente de uma campanha de proteção dos parques naturais, tentando mostrar a todos que estes são áreas conservadas, fora da cidade e que é protegida por lei. Tenta assim mostrar que o seu objetivo é o de preservar a flora e a fauna locais e que eles proporcionam um ambiente de lazer e que, por isso, são um ótimo local para serem visitados durante, por exemplo, os fins de semana.
A Bea e os pais, por sua vez, continuam a visitar o parque natural, onde os nossos dois heróis habitam.

E agora, caros leitores, um segredo só nosso: esta simpática família da cidade dos Homens encontra-se frequentemente comigo e com a Beth. Eles são nossos amigos. Mas fica só entre nós, pois não há muitos linces, esquilos e humanos que sejam assim amigos.

Bem! E cá temos nós uma história em que dois belos animais foram felizes para sempre!


Adriana Matos, O Ciclista

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Escrever poesia é

Escrever poesia é como praticar desporto,
Pois fazemos saltitar as palavras
Que acabam por pousar num pedaço de papel,
Fazendo nascer belos poemas,
Partindo, por vezes, de grandes dilemas.

Beatriz Ferreira, nº 3, 8º F

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dia do Autor Português


Tempos passados…


Tempos vividos,
Dias sofridos.
Desilusões e ilusões,
Ficam recordações.

Fica a saudade,
Fica a lembrança.
Uma mente cheia de memórias,
Vivem-se as pequenas histórias.

Vem o choro à alma,
Vem o vazio do interior.
Tudo irá ficar bem,
A seguir à grande dor.

Grandes saudades
De tempos passados.
Já foram vividos,
E agora recordados.
Lembro a tristeza da escuridão,
O choro da chuva.
Tudo foi em vão,
Mas ficou a amargura.

Pessoas cruéis
Eu conheci,
Dei-lhes o impossível,
E sofri.

O que não nos mata
Nos torna forte.
Isso eu o irei ser,
Hoje e até à morte.


Inês Gouveia, nº 15, 8º E

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A primavera

A primavera nasceu,
O inverno adormeceu.
As flores nasceram,
Quando o vento e o frio morreram.

Os pássaros andam a cantar
Como os filhos a cantarolar,
Andam todos contentes,
Alegremente a voar.

As flores rejuvenesceram,
Quando o sol reapareceu.
Isto só aconteceu,
Porque o frio readormeceu.

Pedro Alegre, nº 23, 8º E

terça-feira, 20 de maio de 2014

Dia da Marinha

Um amor secreto

Num país longínquo à beira do mar,
Estava uma rainha malvada a governar.
Tinha uma filha com uma beleza rara,
Mas já tinha um amante, que sempre dela gostara.

Sua Majestade não percebia o porquê,
De a princesa às vezes trazer um grande buquê.
E os criados cochichavam, na cozinha,
Que o amante da princesa trabalhava na Marinha.

Numa bela manhã cheia de cores,
Lá passou a princesa com as suas flores.
A conselheira da rainha, leal como era,
Tentou interrogar a princesa, mas esta se negara.

Mas um dia ela foi seguida, até perto do mar.
A conselheira desconfiada… Tinha de averiguar!
E foi aí que a serva da rainha descobriu
Que a bela princesa sempre escondeu e mentiu…

Para piorar a situação,
Chegou às docas uma embarcação.
E houve um marinheiro cheio de beldade
Que beijou a princesa com saudade.

A mera conselheira foi até ao palácio a correr.
E, ignorando os guardas, a rainha exigiu ver.
Entrando no quarto de Sua Majestade, a verdade libertou,
E assim a Rainha a princesa procurou.

Mil e um guardas foram descobrir
Que a princesa estava na praia a dormir.
Mas, ao final de minutos de vigilância,
Viram um homem aproximar-se dela, com extrema elegância.

O marinheiro só teve poucos segundos para abraçar a princesa,
Pois os guardas eliminaram-no friamente de surpresa.
A princesa, desfeita, tentou agarrar-se ao seu amado,
Mas limitou-se a apanhar os cacos do seu coração destroçado.

A princesa acabou por sucumbir cedo,
Pois na masmorra fora colocada.
Mas ela nunca vai esquecer,
O quanto pelo marinheiro foi apaixonada.


Ana Neta, O Ciclista

domingo, 18 de maio de 2014

Feira da Saúde Anadia

A Câmara Municipal de Anadia irá promover, nos próximos dias 17 e 18 de maio, entre as 10h00 e as 18hoo, em Sangalhos, no Centro de Alto Rendimento de Anadia / Velódromo Nacional, a terceira edição da Feira da Saúde.
Procurando contribuir para a promoção da saúde dos cidadãos, este certame aposta na divulgação de informação e no acesso a múltiplos rastreios e serviços oferecidos pelas 30 entidades participantes, nomeadamente, controlo da tensão arterial, da glicemia, do colesterol e do ácido úrico, cálculo do índice de massa corporal, cardio-stress, testes de visão, espirometrias, e avaliação da saturação de O2, entre outros.
Dado o sucesso das anteriores edições, a Feira da Saúde alargou este ano o seu calendário, que passa, assim, de um para dois dias, e tem agora como palco o Velódromo de Sangalhos, um espaço mais amplo que permite acolher um maior número de entidades e oferecer à população uma maior variedade e quantidade de serviços.
O primeiro dia do certame irá terminar com uma mega-aula de ioga, a realizar no recinto de exposição, com início às 17h15. Já no dia 18 de maio irá decorrer, pelas 10 horas, mais uma sessão da atividade “Dos 8 aos 80, tudo se movimenta”, promovida pela Câmara Municipal de Anadia. A autarquia será também responsável pela realização de aulas de jump e easy fit, e pela dinamização de atividades de promoção do livro e da leitura, no âmbito do projeto “Ler + dá Copsys – Consultórios de Psicologia e Saúde.
Paralelamente decorrerão, em gabinetes próprios, atividades e terapias tais como reiki, taças tibetanas, osteopatia, terapia sacro-craniana, audiometria, ecografia musculo-esquelética de tecidos moles, hipnoterapia, massagem, acupunctura, shiatsu, fisioterapia, método pold therapy, terapia da alma, pilates e ioga.
Para poder usufruir das terapias realizadas em gabinete próprio, o visitante terá de preencher uma ficha de inscrição, que se encontra disponível no site da Câmara Municipal de Anadia e nas Piscinas Municipais. Depois de preenchida, esta ficha deverá ser entregue no serviço de atendimento do edifício das Piscinas Municipais ou enviada para o correio electrónico piscinas.m.anadia@gmail.com .
Estaremos presentes, visite-nos!

A equipa PES

sábado, 17 de maio de 2014

Dia Mundial das Telecomunicações

Hoje em dia, as telecomunicações são muito mais do que meras vias de comunicação. Elas ligam famílias, fazem nascer romances e criam o que tanto preocupa este país, emprego.
Pensemos, agora neste momento, em algo que tem vindo a verificar-se com muitos dos portugueses: a emigração. Cada vez mais a emigração é um facto muito presente na nossa sociedade e aqui é onde as telecomunicações exercem um papel extremamente importante, cuja principal finalidade é suprir a necessidade humana de se comunicar à distância. Elas conseguem ligar, por exemplo, um marido à esposa que ficou no país a tomar conta da pequena geração, um namorado à namorada que, encontrando-se muito apaixonados, anseiam por ver-se e, com o evoluir dos tempos, isso já é possível, mas à distância. Sendo assim, as telecomunicações, como o telefone, o telemóvel, o fax, a Internet recorrendo ao e-mail ou ao Messenger, entre outras, tornam o longe perto, uma vez que numa fração de segundos a nossa mensagem já paira no outro lado do mundo.
Eu sou duma geração ainda muito verde, nova e inexperiente ainda à espera de amadurecer, mas sei que as telecomunicações já fazem parte do meu dia a dia bem como do dia a dia de todos os jovens como eu.
Felizmente, a população evoluiu e hoje a informação já não se limita apenas às grandes cidades, mas também a uma pequena e insignificante vila ou até aldeia.
Enfim, este mundo tornou-se numa “aldeia global”, onde as informações correm mais rápido que a luz, estando o mundo ligado entre si e todos nós podemos estabelecer contacto com o mundo inteiro a milhares de quilómetros de distância, ganhando assim a comunicação uma dimensão global.


Margarida Costa Pereira, O Ciclista

Nota: Imagem retirada da Internet.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poesia é...

Poesia é...
Uma liberdade
Que apresenta
A saudade
Que as pessoas sentem.

Poesia é...
Uma ternura
Que as palavras
Docemente
Nos demonstram.


Maria Pires Martins, nº 16, 9º A

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dia Internacional da Família

Havia uma senhora muito rica que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um bom emprego e uma família unida. O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, uma vez que o trabalho e as tarefas lhe ocupavam todo o seu tempo, então, a vida dela estava menos enriquecida em algumas áreas. Se o trabalho ultrapassava o número de horas estipulado, ela ficava com menos tempo para os filhos. Se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido. E assim, as pessoas que tanto ela amava acabavam por ser deixadas para segundo plano.
Certo dia, o seu pai, um homem muito sábio, deu-lhe um presente, uma planta com uma deslumbrante flor muito cara e raríssima, da qual havia apenas um exemplar em todo o mundo. E, no momento da entrega, disse-lhe:
- Filha, esta planta com as suas magníficas flores vai ajudar-te mais do que tu imaginas! Terás apenas que regá-la e podá-la, às vezes conversar um pouquinho com ela e ela te dará em troca o seu perfume que é maravilhoso bem como lindas flores.
Ela ficou emocionada, afinal a planta era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho ocupava todo o tempo que tinha, e a vida continuava tão confusa que nem lhe permitia cuidar do presente dado pelo pai.
Quando chegava a casa, ela de facto olhava para a planta e as florzinhas ainda estavam lá, não mostravam nenhum sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá lindas e perfumadas. Porém, ela passava por elas e ignorava-as. Até que um dia, sem mais nem menos, a planta morreu.
Mal ela chegou a casa, apanhou logo um susto! A planta estava completamente morta, as flores estavam caídas e as folhas amarelas. A mulher chorou muito e contou ao pai o que tinha acontecido.
  Então, o pai comentou:
 - Eu já imaginava que isto iria acontecer, mas eu agora não te posso dar outra, porque não existe mais nenhuma igual a essa, ela era única, tal como os teus filhos, o teu marido e a tua família. Tu tens de aprender a regá-los, podá-los e dar-lhes atenção, assim como a planta e as suas flores, os sentimentos também morrem. Tu acostumaste-te a ver a planta sempre florida e perfumada no lugar dela, mas depois acabaste por te esquecer de cuidar dela. E termino, então, dizendo-te: cuida das pessoas que tu amas!


Sofia Ferreira, O Ciclista