Poema O Mar
Polvilhado com
relíquias indescritíveis
Que se ramificam na
sua bacia
Freneticamente
indagados pela sua beleza e excentricidade
Hospedeiro de
milhares de criaturas enigmáticas
Encaixadas numa
harmonia intrínseca
Multiplicam – se e
brotam nas profundezas da sua vasta imensidão
Irascível, efervescem
as suas estradas de pérola
Enfurecido, eleva
plataformas de marfim e anil
Cercando os que por
lá passam
Deixando – os
indefesos e à sua mercê
O tempo, tal parasita,
Arrastou consigo os
males da passagem
Séculos marcados pelo
soçobro
Pelas sepulturas aquáticas
dos curiosos
Dos ambiciosos, dos
corajosos,
Enfim, dos que nada
temeram
Assim o vejo,
Antigo tirano imbuído
de poder
Derrotado pelo tic –
tac do relógio
Deixado nas palmas do
futuro.
Eis o Mar!
Parabéns Tânia.
ResponderEliminarEstá simplesmente ... magnífico!
Graça Matos
Está lindo!! Parabéns! :)
ResponderEliminarCada verso é extraordinário, com uma enorme riqueza emotiva e de vocabulário!!
Adorei!
Joana Moniz