O farol
Nas férias passadas, eu, a minha família e alguns
amigos fomos até à costa alentejana, sem destino.
Passamos Porto Covo, descemos até Vila Nova de
Milfontes, e mais para Sul defrontamo-nos com uma praia pequena, protegida por
arribas, que descobrimos ser a praia de Amoreira, que é perto de Aljezur.
Instalamo-nos numa casa de turismo rural, com
vista, de um lado, para o mar e, do outro lado, para a Serra de Espinhaço de
Cão.
- Ei! Vamos dar uma volta para conhecer esta zona? -
perguntou o meu pai.
- Vamos! - declararam todos.
Deviam ser umas seis horas da tarde, ainda estava
calor. Descobrimos várias vivendas, umas com carros à porta e outras com
crianças a brincar.
PRAIA - indicava uma placa.
A Mariana perguntou-me:
- Vamos descer até à praia?
Então, descemos por um carreiro curto até ao areal.
- Eh pá! Que giro!-disse a Júlia. -As arribas
protegem as arribas do vento.
- Podemos ficar aqui até à meia noite-disse eu.
- Que ruínas são aquelas?-disse o Emanuel.
O meu pai disse que, quando chegássemos lá cima,
perguntávamos. Fizemos o caminho de regresso a casa e reparamos num desvio que
parecia ir ter às ruínas.
- Que calor, ufa!!! E se fôssemos tomar qualquer
coisa fresca ali – sugeriu a Júlia.
Ali era a mercearia/café da localidade.
Depois de estarmos sentados na esplanada e de
estarmos a saborear as nossas bebidas fresquinhas, o meu pai perguntou:
- Pode informar-nos que ruínas são aquelas?
A dona Eulália, dona do estabelecimento e senhora
de aspeto simpático, respondeu:
- São ruínas! Ruínas do Farol da Amoreira que os
piratas espanhóis destruíram, mais tarde foi reconstruído e novamente destruído
quando assassinaram o último rei de Portugal. D. Carlos. Isso está
amaldiçoado!…
- Nunca ouvi falar!!! - falou a Mariana.
Nós, os mais novos, olhámos uns para os outros.
Transmissão de pensamentos “Vamos à descoberta”.
No dia seguinte, fomos todos para a praia. Depois
de uns mergulhos, eu e os meus amigos comunicamos ao resto do pessoal que íamos
à descoberta.
Subimos pelo trilho e íamos verificando partes das
ruínas espalhadas.
- Que paisagem bonita!- disse a Júlia, quando
chegamos lá cima e avistamos a paisagem.
Todos nos assustamos, quando ouvimos gritos de uma
criança vindos do farol. O meu pai interrogou:
-Será que aquilo que a dona Eulália disse é
verdade?
Eu declarei:
- Vamos para casa! Já é noite!
-Só vou, se voltarmos amanhã.- disse a Mariana.
- Está bem! - disse a Júlia.
No dia seguinte, nós voltamos e, assim que nos
aproximamos, umas portas antigas abriram-se.
- Entrem, queridos senhores. - disse a voz que
parecia ser de uma criança.
O meu pai ia para entrar, mas a dona da mercearia
disse:
- Não entre, se entrar, as portas fecham-se.
Num instante, chegaram as forças armadas (tropa e
polícia) e entraram armados. Uma hora após investigações, mesmo estando
trancados, encontraram esqueletos humanos - um deles pensam ser do rei D.
Carlos.
Horas mais tarde, descobriram uma criança amarrada
a uma cadeira com o assaltante a mandá-la dizer o que as pessoas ouviam. Essa
criança estava desaparecida há meio ano. Conseguiram resgatá-la e prenderam o
assaltante.
O meu pai, após saber onde moravam os pais da
criança, perguntou:
- Oh! Senhor polícia, venho pedir-lhe para eu levar
a menina a casa.
- Lamento imenso, mas só pode ir assinando um termo
de responsabilidade. Mas nós vamos atrás do senhor.
Após o meu pai assinar o papel, levou a criança aos
pais. Assim, ficou descoberto um dos mistérios do farol…
Rúben
Dias, 7º B
Escola
Básica nº 2 de Vilarinho do Bairro
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