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quinta-feira, 20 de junho de 2013

“O tesouro ainda lá está, na Mata de Roquelanes” - O tesouro

Raquel era uma rapariga muito simpática, alegre e inteligente, tinha uns olhos verdes, uma pele muito branca, era magra e muito alta e vivia na Mata de Roquelanes, numa linda casa de campo com a sua mãe e o irmão.
Nessa Mata, havia um espaço desabitado e era nesse sítio onde Raquel tinha por hábito ir estudar e estar sozinha. Decidiu assim dar-lhe o nome de Cristal. Na verdade, a rapariga admirava muito aquele lugar, pois não havia barulhos e só se ouvia o agradável chilrear dos pássaros e o grasnar dos patos no rio.
Num dia de primavera, Raquel estava no Cristal, sentada numa rocha, debaixo de uma árvore a ler um livro e olhou para o rio e reparou que, ao longe, havia uma caixa muito brilhante e com curiosidade, foi ver o que era, e quando olhou para o baú de mais perto, não podia acreditar, já que parecia ser um tesouro. O baú tinha três fechaduras. Raquel, sem saber o que fazer, procurou as chaves e encontrou-as perto do rio e, quando abriu o baú, viu que estava cheio de ouro, e foi depressa contar à sua mãe, mas não podia deixar o tesouro ali e então, arrastou-o para um barracão ali perto, e foi a correr para casa. Quando Raquel chegou a casa, a sua mãe estava no jardim.     
- Mãe, encontrei um tesouro! – exclamou ela.
- Estás a falar a sério? – indagou a mãe, incrédula.
- Sim, encontrei-o perto do rio e escondi-o num barracão!
- Vamos lá ver esse tesouro!
A vizinha de Raquel, que se chamava Antónia e era conhecida por ser a idosa mais velha e má da aldeia, ouviu a conversa e foi até ao Cristal à procura do tesouro.
- Este tesouro tem de ser meu! – comentava ela – Talvez chegue primeiro que elas!
Quando a vizinha de Raquel chegou ao Cristal, dirigiu-se de imediato ao barracão e roubou o tesouro e, assim que se apercebeu que Raquel se aproximava do local com a mãe, foi-se embora rapidamente.
- Onde está, então, o tesouro, filha? - perguntou a mãe de Raquel.
- Ele estava aqui, alguém o roubou!
- Tens a certeza que não foi da tua imaginação?
- Sim, a pessoa que o perdeu deve-o ter encontrado!
- Raquel, deve ter sido tudo resultado da tua imaginação. Vamos para casa!
Mal Raquel chegou a casa, começou a pensar como podia ter desaparecido o tesouro, e não chegou a uma conclusão, razão pela qual houve um momento em que pensou mesmo que tudo tinha sido produto da sua imaginação.
No dia seguinte, quando Raquel ia a caminho do seu local preferido, foi ao barracão, ver se via o tesouro mas não o encontrou até que viu ao longe a vizinha com o baú na mão e aproximou-se dela, perguntando:
- Onde encontrou esse baú?
- Deram-mo.
- Mentira! Foi você que roubou o meu tesouro que estava no barracão!
- Não conheço nenhum barracão!
Depois desta pequena discussão, a mãe de Raquel apareceu, falou com a filha e levou-a para casa. Raquel não conseguia esquecer o facto de a sua vizinha lhe ter roubado o tesouro e pensou num plano para lho tirar naquela noite.
Assim que começou a anoitecer, Raquel saiu de casa, sem ninguém ver e entrou em casa da sua vizinha sem ela reparar, e pensou onde estaria aquele tesouro. Então, decidiu ir procurá-lo, pois reparara que afinal ninguém estava em casa. Entretanto, foi à janela do quarto e ouviu alguém dizer:
- A Sra. Antónia foi-se embora, vi-a agora mesmo com uma caixa na mão e acho que foi para o outro lado do rio. Pois ainda há pouco, a ouvi a comentar isso com o dono da mercearia.
Raquel foi logo para o Cristal e quando lá chegou, viu a Sra. Antónia perto do rio, onde havia uma ponte muito instável, e quem por lá passasse com um simples passo podia cair à água.
- Espere, não passe pelo rio, pode cair! – gritou ela.
- Não me interessa, tu queres é o meu tesouro.
- Sim quero, porque fui eu que o encontrei, mas não me importo de o partilhar, se mo der de volta.
- Não, tu vais enganar-me!
No preciso momento em que a Sra. Antónia começou a passar o rio, a ponte caiu e ela, então, tentou agarrar o baú.
- Dê-me a mão para não ir pela corrente! – pediu a Raquel.
- Eu não consigo, tenho de agarrar o tesouro!
- Deixe o tesouro, tem de se salvar!
 Raquel conseguiu assim salvar a vizinha e de seguida, ainda tentou ir atrás do baú, mas não o conseguiu apanhar e foi ter com a Sra. Antónia.
- Está bem?- perguntou a Raquel
- Sim.
- Ainda bem que não foi com o tesouro.
A Sra. Antónia, nesse preciso momento, apontou para o rio, e disse a Raquel:
- Olha, o baú ficou preso naquele ramo de árvore!
- Eu vou tentar apanhá-lo.
Raquel foi a correr até àquele local, e conseguiu apanhar o baú a tempo.
- E agora, quem fica com ele?- perguntou a vizinha de Raquel.
- Podemos partilhá- lo! – sugeriu ela.
- Eu ia gostar muito, mas o cofre precisa de três chaves. Assim nunca o poderemos abrir.
- Eu sei onde estão.
Após terem partilhado o tesouro, a Sra. Antónia passou a ser mais simpática para as pessoas da aldeia, e a mãe da Raquel pediu desculpa à filha por não ter acreditado nela.
A Raquel estava muito feliz por tudo se ter resolvido da melhor maneira e, com uma parte do seu tesouro, decidiu fazer uma festa para a toda a aldeia. 


Sandra Duarte, nº 22, 8º F

2 comentários:

  1. Bom presente do ciclista publicou o texto da sandra no seu dia de aniversario!!!!
    ass: marcia sousa

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  2. Obrigada à nossa "Jornalista" Márcia pela informação.
    Para ti Sandrinha a nossa Equipa deseja-te um dia muito bem passado.
    Parabéns!
    A Equipa d'O Ciclista

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