Era uma sexta-feira magnífica e agradável. O sol brilhava, no céu não
havia nuvens e estava calor.
A turma da Filipa tinha já há algum tempo combinado fazer uma visita de
estudo a Lisboa, para visitar o Aquário Vasco da Gama. Esse dia, para a maioria
dos jovens, iria ser um ótimo dia, sem aulas. Mas para a Filipa não foi! O céu
para ela estava negro. Ela irritava-se com toda a gente, sentia-se magoada,
profundamente destroçada, revoltada e triste, pois tinha perdido a avó. Tinha
assim perdido a sua conselheira, aquela que fazia as melhores refeições do
mundo, aquela que nunca lhe batera, nem mesmo em pequena quando ela fazia
asneiras. Perdera assim o seu verdadeiro porto seguro.
Para Filipa, a avó era realmente muito importante. Ambas tinham uma
ótima relação. Ela dava-lhe aqueles mimos que só uma avó pode dar, aquelas
palavras reconfortantes, que punham Filipa a sorrir sempre que as relembrava.
Com ela, tinha aprendido que a vida não era fácil e que tinha de lutar pelos
seus sonhos e nunca desistir do que realmente se deseja.
E agora?! O que poderia fazer? A avó tinha-a deixado para sempre e ela
nem tivera tempo para se despedir, não tivera tempo nem de lhe dar um beijo, ou
um abraço.
Filipa pensava como a vida era injusta, como poderiam ter levado a sua
avó! Ela fazia-lhe tanta falta…
Para Filipa este dia foi o pior dia da sua vida e de facto, nunca imaginara
que tal coisa pudesse acontecer. Sentiu que o Mundo lhe caíra aos pés, e não
conseguia perceber como os colegas conseguiam estar tão felizes.
Ana Patrícia Fernandes, nº 2, 9º C
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