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segunda-feira, 9 de março de 2020

Teatro


“A árvore mágica”
Narrador – Era uma vez uma árvore diferente das outras, que tinha nascido com o dom de falar com os humanos. Tentava esconder isso ao máximo, mas um dia todos ficaram a saber (até os humanos) …
Árvore (mágica) – Finalmente chegou o festival da Primavera, estou tão entusiasmada!
Texugo – Olha que as árvores e os humanos ainda percebem que tu consegues falar com o Homem.
Árvore (mágica) – Relaxa, nunca vão ficar a saber!
Texugo – É o que veremos, lembra-te que o festival tem as suas desvantagens.
Árvore (mágica) – Que desvantagens?
Texugo – Hoje, animais e árvores festejam juntos, há maior probabilidade de te ouvirem a falar.
Natureza – Antes de o espetáculo começar, queria dizer que espero que os humanos cuidem melhor do meu querido avozinho, que está muito mal, o Planeta Terra.
Animais e árvores (em coro) – Esperemos que sim! Esperemos que sim!
Narrador – Dito isto, todos baixaram a cabeça e fecharam os olhos. Infelizmente, aconteceu uma coisa inesperada…
Lobo – Não vos cheira a fumo? Será que foram os humanos que incendiaram a floresta?
Natureza – Tenham todos calma! Vamos dirigir-nos para a margem oposta do rio.
Narrador – Mas a árvore mágica decidiu parar para falar com os humanos.
Árvore (mágica) – Vocês fazem isto porquê?
Lenhador – Tu falas? Boa! Assim vales mais dinheiro do que as outras árvores!
Árvore (mágica) – Ah! Socorro!
Narrador – Felizmente, alguém a salvou…
Bombeiro – Não te deixo fazer isso!
Lenhador – Mas porquê? Vou ganhar muito dinheiro com ela, por ser mágica!
Bombeiro – Por ser mágica!! Não é essa a qualidade dela! Ela é especial, não mágica…
Lenhador – Não quero saber disso!
Narrador – Passadas muitas explicações, o bombeiro conseguiu abrir os olhos ao lenhador:  algum tempo depois, os dois faziam muitas propostas, para curar o velho avô da Natureza, o Planeta Terra. E assim o conseguiram. Daí em diante ele nunca mais adoeceu.
Dinis Rodrigues, n.º 7, 5.º E

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