Esta frase tem ecoado
ao longo destes últimos tempos. Ecoado quando observamos os rios de dinheiro
que têm sido gastos na construção de um Muro de Vergonha entre os Estados
Unidos da América e o México, orgulho da política de Donald Trump. Ecoado quando
observamos discursos de racismo e de xenofobia contra quem foge da guerra. Ecoado
quando muitos expõem o seu receio pelo que vem de longe, ou é diferente, seja
pela cor da pele, aspeto físico, ou qualquer outra absurda existência.
Isac Newton, um
iluminado, reclamava pelo fim da ignorância e pelo progresso do conhecimento
para a construção de uma sociedade mais justa. Vários historiadores, o Papa
Francisco, Marcelo Rebelo de Sousa ou António Guterres apelam incansavelmente,
principalmente aos jovens, para não cometermos os mesmos erros do passado e invocam
a tolerância pela diferença. Aprendemos tanto com a História e a História
diz-nos a verdade. Lembram-se de Berlim? Do famoso muro que separou, matou, fez
sofrer! E para quê? Ele ainda está lá, fragmentado, para que não ousemos
esquecer!
Mas muitos não querem
ver! A verdade é que os Muros não
resultam e nunca, nunca, deveriam ser levantados. O seu simples objetivo é impedir,
bloquear, travar a passagem de seres humanos que desesperam por ajuda. Com toda a certeza existem outras maneiras, e
o Homem, como ser dotado de razão, numa era tecnológica, acharia melhor meio de
estabelecer pontes de esperança.
TODOS pertencemos a
este planeta, as fronteiras são algo arquitetado pelo Homem! Deveriam existir
ilegais? Qual o seu significado - ILEGAIS? Porquê? Todos temos direito a que
nos ajudem quando fugimos de atrocidades que só os seres humanos são capazes de
fazer a outros seres humanos. Todos
temos direito a fugir das terríveis violações que se acometem em demasiados
territórios. Não nos fechemos na nossa mediocridade e sejamos grandes, solidários
e empáticos. Tu estás desse lado, mas qualquer dia poderei estar eu! O
Muro que construímos na escola é de papelão, frágil e leve. A mais ligeira
brisa o derrubará. Representa o seu contrário... é uma antítese. Serve para que
um dia nunca nos lembremos de construir um! Este, vamos derrubar...
Em luta contra os
discursos de ódio! Temos orgulho que a nossa escola seja cada vez mais
intercultural. É tão bom viver num mundo habitado pela diferença.
Sandra
Gomes, Professora
Muro construído pelas turmas do
7.º e 8.º anos da Escola de Vilarinho do Bairro num projeto conjunto no âmbito
da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.
Ninguém
em circunstância alguma deve virar as costas a quem mais precisa!
Construindo muros onde
milhares de pessoas ficam impedidas de atravessar, atentados, violência, desespero
e guerra, pode acontecer em qualquer país, num determinado período.
Todos os povos, seja
de que raça, género ou estilo forem, têm direito a sair do seu país ou cidade
para sobreviver e dar um futuro melhor aos seus familiares.
Agora são eles, mas
um dia podemos ser nós...
Tenhamos um pingo de
dignidade e ajudemos quem mais precisa, com pequenos gestos, fazemos uma grande
diferença...
Digamos adeus aos muros da
vergonha e, todos juntos, conseguiremos construir pontes de esperança...
Francisca
Vieira 7.º Ano, EBVB
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