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domingo, 1 de março de 2020

Não levantem muros, mas construam pontes...



Esta frase tem ecoado ao longo destes últimos tempos. Ecoado quando observamos os rios de dinheiro que têm sido gastos na construção de um Muro de Vergonha entre os Estados Unidos da América e o México, orgulho da política de Donald Trump. Ecoado quando observamos discursos de racismo e de xenofobia contra quem foge da guerra. Ecoado quando muitos expõem o seu receio pelo que vem de longe, ou é diferente, seja pela cor da pele, aspeto físico, ou qualquer outra absurda existência.
Isac Newton, um iluminado, reclamava pelo fim da ignorância e pelo progresso do conhecimento para a construção de uma sociedade mais justa. Vários historiadores, o Papa Francisco, Marcelo Rebelo de Sousa ou António Guterres apelam incansavelmente, principalmente aos jovens, para não cometermos os mesmos erros do passado e invocam a tolerância pela diferença. Aprendemos tanto com a História e a História diz-nos a verdade. Lembram-se de Berlim? Do famoso muro que separou, matou, fez sofrer! E para quê? Ele ainda está lá, fragmentado, para que não ousemos esquecer!
Mas muitos não querem ver!  A verdade é que os Muros não resultam e nunca, nunca, deveriam ser levantados. O seu simples objetivo é impedir, bloquear, travar a passagem de seres humanos que desesperam por ajuda.  Com toda a certeza existem outras maneiras, e o Homem, como ser dotado de razão, numa era tecnológica, acharia melhor meio de estabelecer pontes de esperança.
TODOS pertencemos a este planeta, as fronteiras são algo arquitetado pelo Homem! Deveriam existir ilegais? Qual o seu significado - ILEGAIS? Porquê? Todos temos direito a que nos ajudem quando fugimos de atrocidades que só os seres humanos são capazes de fazer a outros seres humanos.  Todos temos direito a fugir das terríveis violações que se acometem em demasiados territórios. Não nos fechemos na nossa mediocridade e sejamos grandes, solidários e empáticos. Tu estás desse lado, mas qualquer dia poderei estar eu! O Muro que construímos na escola é de papelão, frágil e leve. A mais ligeira brisa o derrubará. Representa o seu contrário... é uma antítese. Serve para que um dia nunca nos lembremos de construir um! Este, vamos derrubar...
Em luta contra os discursos de ódio! Temos orgulho que a nossa escola seja cada vez mais intercultural. É tão bom viver num mundo habitado pela diferença.
Sandra Gomes, Professora


Muro construído pelas turmas do 7.º e 8.º anos da Escola de Vilarinho do Bairro num projeto conjunto no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Ninguém em circunstância alguma deve virar as costas a quem mais precisa!
Construindo muros onde milhares de pessoas ficam impedidas de atravessar, atentados, violência, desespero e guerra, pode acontecer em qualquer país, num determinado período.
Todos os povos, seja de que raça, género ou estilo forem, têm direito a sair do seu país ou cidade para sobreviver e dar um futuro melhor aos seus familiares.
Agora são eles, mas um dia podemos ser nós...
Tenhamos um pingo de dignidade e ajudemos quem mais precisa, com pequenos gestos, fazemos uma grande diferença...

Digamos adeus aos muros da vergonha e, todos juntos, conseguiremos construir pontes de esperança...
Francisca Vieira 7.º Ano, EBVB

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