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terça-feira, 30 de setembro de 2014

A escrita no nosso quotidiano

No dia 6 de fevereiro do ano letivo transato, os alunos do 9º ano tiveram de realizar o Teste Intermédio de Português e a proposta de escrita que lhes foi apresentada foi a seguinte:
“A expressão escrita ocupa um lugar privilegiado no nosso dia a dia, seja em situações mais formais, como, por exemplo, em contexto de sala de aula, seja em situações mais informais, como, por exemplo, na comunicação que estabelecemos no domínio privado.
Partindo da tua experiência, escreve um texto que pudesse ser divulgado num blogue de turma, no qual expresses o teu ponto de vista sobre a importância da escrita no quotidiano de cada um, apresentando razões e exemplos ilustrativos que sustentem a tua opinião.”
O Ciclista decidiu, assim, dar a conhecer alguns desses textos, através dos quais podemos constatar diversos pontos de vista sobre a importância que a escrita tem no nosso dia a dia.
Achámos ser este o momento adequado, uma vez que as aulas tiveram já o seu início e, mais uma vez, cada um de vós poderá reconhecer que a escrita tem de facto um papel importante nas nossas vidas.
Sara Castela, O Ciclista



A escrita no nosso quotidiano


 Não é novidade para ninguém que a comunicação escrita ocupa um lugar privilegiado no nosso dia à dia.
Na verdade, não é segredo nenhum que as melhores posições, em todas as profissões, são dadas aos melhores comunicadores. De facto, para estar sempre num lugar de destaque é preciso saber-se falar, e principalmente escrever bem. Porém, cada vez mais, a tecnologia vem de mansinho, como se calçasse pantufinhas de lã, ocupar o nosso dia bem como o lugar da nossa querida canetinha que sempre nos acompanhou junto ao seu tão querido e pequeno bloco cor-de-rosa com estrelinhas que a tia Maria nos oferecera quando tínhamos apenas 10 anos.
Desde que entrámos na escolinha primária que o dom da escrita nos foi transmitido como uma dádiva e para os que não compreendem, uma espécie de relíquia e como dádiva que é, devemos estimá-la e acima de tudo tentar aprofundá-la e melhorá-la num processo lento e suave enquanto subimos a escadaria da vida.
Hoje em dia, nós comunicamos cada vez mais através da Internet, e-mail, fax, e telemóvel e para tudo isto precisamos da escrita, porém esquecemo-nos cada vez mais das nossas amigas cartas e dos nossos queridos postais que ocupavam um lugar de destaque e de prestígio no tempo dos nossos avós.
Na realidade, a escrita está presente em qualquer lugar e conseguimos prová-lo quando lemos, por exemplo, o rótulo do nosso iogurte da manhã ou quando escrevemos um bilhetinho para a nossa mãe a dizer o quanto a adoramos ou para ela nos ir buscar à escola. Está presente também em contextos mais formais, como por exemplo, nos processos cuidadosamente alinhados na estante do tribunal ao pé da nossa casa ou no velho quadro de giz que a professora vai cuidadosamente salpicando com aquilo a que chamamos palavras.
Ora, um texto bem escrito pode ser fundamental em muitas situações. O estudante ou profissional, seja ele de que área for, precisa de conhecer bem o seu idioma e as normas de escrita para que assim possa elaborar textos concisos e bem estruturados que transmitam de forma clara o seu objetivo, ponto de vista ou intenção.
 Para mim, a escrita ocupa assim um lugar muito privilegiado no meu pequeno mundo, pois serve de refúgio uma vez que ela nunca me abandona e, independentemente do meu estado de espírito, ela aceita as parvoíces que escrevo e é ela a maior guardiã do mundo encantado dos segredos de adolescentes.
 E como adolescente que sou, apenas te quero lembrar, caro amigo, que, se guardares o amor pela escrita no teu coração e conseguires transmiti-lo a outros jovens, conseguirás mais facilmente ser feliz e aproveitar o melhor que a vida tem.       
Margarida Lagoa, nº 14, 9º A

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