Num certo sonho que
tive, estava um belo dia de sol e decidi ir dar uma volta a pé pelo parque
perto da minha localidade.
Por detrás de uma
árvore com folhas tão reluzentes que pareciam de ouro, estava uma pessoa com
umas vestes brancas que com o vento baloiçavam delicadamente. Observei e
constatei que era o meu tio. Este não era um tio como os outros, era mais do
que isso. Para mim era um avô que me aconselhava, que me chamava a atenção das
“coisas” boas e das “coisas” más. Ele tinha sido bispo de Aveiro, era uma
pessoa intelectual e com uma experiência de vida extraordinária.
Quando cheguei perto
dele, caíram-me algumas lágrimas e dei-lhe o maior e mais prolongado abraço que
jamais tinha dado até àquele dia. Ele, em vida, já tinha falecido, mas como eu
estava a sonhar nem dei por conta disso. Então, perguntei-lhe:
- Por onde tens
andado?
- Estive no mundo do
Além, no Paraíso. – respondeu ele de forma suave. E, de seguida, aconselhou-me:
- Aproveita a vida
que levas, desfruta-a com quem mais gostas e leva uma vida humilde e simples
como sempre a tiveste.
Conversámos de tudo e mais alguma coisa, mas
o que eu queria ouvir era a sua voz meiga e melíflua. De repente, tudo
desapareceu e acordei com a luz do sol. Olhei assim para cima e foi nesse
momento que percebi que havia sido um sonho, mas bem lá no fundo acreditei que
estivera com ele.
Manuel
Garruço, 9º A (2013/2014)
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