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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Um reencontro inexplicável

Num certo sonho que tive, estava um belo dia de sol e decidi ir dar uma volta a pé pelo parque perto da minha localidade.
Por detrás de uma árvore com folhas tão reluzentes que pareciam de ouro, estava uma pessoa com umas vestes brancas que com o vento baloiçavam delicadamente. Observei e constatei que era o meu tio. Este não era um tio como os outros, era mais do que isso. Para mim era um avô que me aconselhava, que me chamava a atenção das “coisas” boas e das “coisas” más. Ele tinha sido bispo de Aveiro, era uma pessoa intelectual e com uma experiência de vida extraordinária.
Quando cheguei perto dele, caíram-me algumas lágrimas e dei-lhe o maior e mais prolongado abraço que jamais tinha dado até àquele dia. Ele, em vida, já tinha falecido, mas como eu estava a sonhar nem dei por conta disso. Então, perguntei-lhe:
- Por onde tens andado?
- Estive no mundo do Além, no Paraíso. – respondeu ele de forma suave. E, de seguida, aconselhou-me:
- Aproveita a vida que levas, desfruta-a com quem mais gostas e leva uma vida humilde e simples como sempre a tiveste.
  Conversámos de tudo e mais alguma coisa, mas o que eu queria ouvir era a sua voz meiga e melíflua. De repente, tudo desapareceu e acordei com a luz do sol. Olhei assim para cima e foi nesse momento que percebi que havia sido um sonho, mas bem lá no fundo acreditei que estivera com ele.

Manuel Garruço, 9º A (2013/2014)

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