No dia 10 de dezembro, celebra-se o Dia da Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Esta declaração, publicada em 1948, é uma carta onde se
afirma a preocupação internacional com a preservação dos direitos humanos e
onde se define quais são esses mesmos direitos. Ela surgiu como um alerta à
consciência humana contra as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra
Mundial.
Com base nestas informações e com a leitura prévia desta
declaração, eu decidi centrar a minha atenção num dos artigos e elaborar um pequeno
texto acerca dele.
Eu não
sou diferente!
Vicente era um rapaz jovem, com treze anos, e com uma vontade de
viver enorme. No entanto, um problema impedia-o de fazer algumas atividades,
consideradas normais. Vicente era paraplégico, um acidente de carro tê-lo-ia
deixado assim. Contudo, a sua vontade de viver, a sua alegria e carisma
sobressaiam.
Este
jovem era um humano, pertencia à sociedade, e tinha de ser tratado como tal. Porém,
pessoas designadas “ normais” não entendiam esse facto e tratavam-no como um bicho-de-mato,
um monstro, alguém que não merecia sequer estar vivo. Claro que o pobre rapaz
sofria com esta situação, sofria com o facto de parecer não pertencer a esta
sociedade. Por outro lado, sentia-se injustiçado e envergonhado, e prometeu a
si mesmo que um dia iria provar a todos aqueles, que o tinham rebaixado, que
era uma pessoa normal, sem nenhuma limitação e que poderia fazer tudo bem, ou
até melhor que eles.
Vicente prometeu assim ter as melhores notas, e
esforçou-se para isso e, na verdade, quis isso mais que tudo, pois queria ser
alguém na vida, queria mostrar que estava ali e que, embora com algumas
diferenças, era um ser humano como todos os outros. Tinha os seus direitos e
também, claro, os seus deveres. Não era nenhum “ coitadinho”, nenhum “
aleijado”, era só mais uma pessoa no mundo, e tinha de ser tratado como tal.
Alguns anos se passaram e Vicente conseguiu fazer jus à
sua promessa, tirou o seu curso e hoje trabalha na ONU (Organização das Nações
Unidas), onde todos os dias luta e tenta defender os direitos das pessoas,
tentando com que a raça, a religião, a deficiência não sejam mais uma forma de
discriminação, e que todos tenham os mesmos direitos.
Foi assim que Vicente mostrou a todos o quão importante é
o 1º artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem:
“Todas as pessoas
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de
fraternidade.”
Ana Patrícia Fernandes,
O Ciclista
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