Hoje, 1 de dezembro,
comemoramos o Dia Mundial da SIDA, razão pela qual vos venho aqui contar uma
pequena história.
Era uma vez uma
rapariga, chamada Bianca. Ela vivia em Anadia e tinha 24 anos. No dia 5 de dezembro
de 2006, decidiu ir a uma consulta de rotina e o seu médico mandou-a fazer vários
exames de rotina também e que a jovem fez. Entretanto, no dia em que teve de ir
novamente à consulta, para mostrar os exames que fizera ao seu médico, este ao
vê-los detetou que ela tinha uma doença. E qual era a doença? A Bianca tinha
SIDA! Ela ficou sem reação e sem saber o que dizer nem fazer. O médico, por sua
vez, informou-a que para o tipo de doença que ela tinha ainda não havia cura.
Bianca estudava na
universidade e quando as suas colegas tomaram conhecimento do que se estava a
passar, decidiram afastar-se dela.
Cinco meses depois,
ela começou a adoecer gravemente, começando inicialmente por uma gripe com
febre, seguida de muitas dores de cabeça, de estômago, bem como nos músculos e
nas articulações. Por outro lado, começou a sentir fadiga, dificuldades em
engolir e também começou a perder muito peso.
Os seus pais andavam
muito tristes e completamente arrasados, porém tentavam ser fortes sempre que
estavam diante da sua filha. Claro que ela estava a ser seguida pelo seu médico,
mas Bianca já não tinha solução. Ela teve, então, de deixar a universidade e a
vida dela mudou completamente. Mas, pensava ela, não fora agora que a sua vida
mudara realmente. A sua vida mudara aos 13 anos, época em que as amizades de Bianca
não eram assim tão boas quanto pareciam, quando pela primeira vez pegara
naquele cigarro. Experimentara aquela primeira passa, foi aquela pequena
experiência, depois do primeiro cigarro, o segundo e mais o outro e o outro e
foram tantos que estes já não chegavam. Depois a primeira seringa, sabia que
devia ser só sua, mas na altura isso também não era importante, pois não fazia
mal, ela não queria saber.
Havia também os
prazeres trocados com os amigos, amigos da ocasião e eram tantos, mas mais uma
vez não havia problema pois o amor era livre. O parceiro podia ser o que de
momento lhe agradava, nem sequer tinha de haver proteção, para quê?
Sabia que havia
riscos, sabia que os corria, gostava de os correr, mas gostava de viver a vida
correndo-os.
No seu tempo de
jovem, Bianca não se importava com nada e nem tinha a noção de nada.
Depois tudo mudou,
cresceu, fez-se adulta e decidiu mudar de vida, pensando que acabaria por
esquecer a doidice que vivera na fase adolescente. Mas, os erros estavam ali a
matá-la lentamente e dolorosamente! O arrependimento já era muito mas já não
havia solução para nada, agora se calhar, se fosse outra vez o seu tempo de
jovem, já não o faria. Porém, agora já não havia solução, tendo deitado tudo a
perder.
Entretanto, no dia 24
de outubro de 2009, a mãe foi chamá-la ao quarto para irem ao casamento da irmã
mais nova. Contudo, ela não acordava. A sua mãe chamou de imediato o INEM mas,
no momento em que os médicos chegaram a casa, informaram a senhora de que já
não havia solução, pois ela tinha acabado de falecer.
Foram, pois,
precisamente três anos de grande sofrimento.
Mais uma vida que se
perdeu!
Márcia Loureiro Sousa,
O Ciclista
Adorei o texto está excelente!
ResponderEliminarParabéns Márcia, é s/ duvida o teu melhor trabalho!
Margarida Carlota Lagoa***
Ainda bem que há alunos que tem conciensia de que nem sempre as coisas correm bem. Foi bem ler o teu texto. Eu fui o de muitos casos em que a vida me empurrou para o mundo da droga ou antes eu me deichei levar para esse orrivel mundo e ando sinto-me feliz por que á algum tempo que ando limpo. Mas como é dificil sair. Fui ajudado pelas doutoras do CAT e felizmente não tenho a SIDA. Mas nem todos podem dizer o mesmo eu revime nessa Bianca. Olhem façam mesmo como a Márcia diz não se droguem, pois o problema não é começar é não saber como acabar, no princípio é tudo muito lindo, dizemos que é só pra esperimentar, que somos capazes de acabar facilmente com tudo, mas é tudo uma treta. Vão por mim não se metam à brava nessas cenas e não tem que tentar sair pois não tem que provar nada a ninguém só tem que ser voces mesmos, sejam como querem e não o que os outros querem que voces sejam. Respeitem-se para serem respeitados pelos outros, isto foi o que me ensinaram lá no CAT e isso ´que é brutal, não a droga, por isso gostei da tua mensagem Márcia, é muito verdadeira, infelizmente já perdi alguns amigos. obrigada pela tua mensagem tão real
ResponderEliminarSérgio
Obrigado aos dois. É muito importante saber que vocês, gostaram. :)
ResponderEliminarMárcia Sousa