Era uma vez uma
menina chamada Rita. Um dia, essa menina foi dar uma volta a pé. Na cidade
dela, havia um túnel, onde passavam muitos carros de dia e de noite. Nesse
mesmo dia, ela quis ir a pé até ao túnel, que ainda era um pouco distante da
sua casa, onde era hábito apanhar o seu autocarro para ir para a escola.
Entretanto, já dentro do túnel, nesse dia, apareceu uma luz bem lá ao fundo.
Ela assustou-se, mas curiosa quis aproximar-se mais perto e quando o fez,
deu-se de caras com um cachorrinho muito pequenino. Acarinhou-o e quando chegou
a sua hora de ir para casa, ela foi e o pequeno cãozinho foi sempre atrás dela.
Quando ela chegou a
casa, olhou e viu que o pequeno cachorro tinha vindo atrás dela, então, agarrou
nele e colocou-o no seu terraço até os pais chegarem. Mal eles chegaram, a Rita
perguntou aos pais se podia ficar com o cãozinho. Os pais disseram-lhe que sim,
mas tinha que o levar ao veterinário para ver se estava tudo bem com ele.
No dia seguinte, a
Rita levantou-se e foi para a escola, mas como tinha a tarde livre, iria ser
ela a levar o cão ao veterinário. E assim foi. Quando chegou à clínica
veterinária, o veterinário observou cuidadosamente o animal e disse que ele não
tinha nada. Como tal, podia ficar descansada.
Contente, a Rita foi
para casa e contou aos pais o que se tinha passado. Como o cão estava bem, os
pais disseram-lhe que podia ficar com ele mas ela é que ia tomar conta dele.
Anos depois, quando
ele já era maior, enquanto a Rita estava na escola, uma pessoa passou ao pé da
casa dela, gostou muito do cão, saltou o muro, soltou-o e levou-o consigo.
Quando a Rita chegou
a casa, ficou muito desanimada, porque o seu cão tinha desaparecido. Ela chorou
muito, porque tinha tratado do seu cãozinho com muito carinho e por fim, acabou
por ser roubado. Mal os pais chegaram a casa, ela contou o que se tinha
passado. Eles também lamentaram a situação, porque tinham começado a gostar do
animal, pois era muito carinhoso e obediente. Tiveram, de facto, muita pena do
cão, e da própria filha e então disseram à Rita que lhe iam comprar um
cãozinho. Ela recusou a ideia, pois aquele cão tinha um grande significado para
ela, por isso não queria ter mais nenhum, porque nenhum iria ser como aquele.
Entretanto, um dia,
decidiram ir a pé às compras. E, ao passarem por uma bela casa, viram que o cão
que estava no jardim era precisamente o seu cãozinho.
A Rita foi corajosa e
tocou à campainha dessa casa. Os donos atenderam e ela, de imediato, comentou
que aquele cão era dela e ninguém lho podia ter tirado. As pessoas, por sua
vez, deram-lho de volta. Mas também ficaram infelizes por verem-no a partir,
embora tivessem reconhecido que a atitude tomada não fora a mais correta, já
que se tinham apoderado do animal sem lhes pertencer e então, pediram muitas
desculpas e prometeram ter aprendido uma lição: a de que ninguém tem o direto
de tomar para si o que não lhe pertence.
Entretanto, a Rita
ficou muito feliz, porque tinha finalmente o seu cão de volta.
Ana
Margarida, nº 3, 8º F
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