Num dia de neblina,
ouviu-se o roncar de um motor vindo do mar.
Surgiu de repente uma luz e depois um barco por entre a neblina cerrada. Momentos depois, viu-se um vulto ao leme dessa embarcação. Esse vulto era eu!
Surgiu de repente uma luz e depois um barco por entre a neblina cerrada. Momentos depois, viu-se um vulto ao leme dessa embarcação. Esse vulto era eu!
Com um olhar vazio e distante,
marcado pela dor e pela angústia de ter visto toda a minha família a morrer no
mar, sem ter podido fazer nada, ali estava eu. Cheguei assim ao cais, com
longos cabelos brancos e a face rugosa, marcada pelo salitre do mar, de todos
os longos anos passados à procura do barco afundado, onde a minha família tinha
morrido. Do meu velho barco, voltei a sair novamente de mãos vazias para vir
buscar mantimentos e voltei a partir rumo ao horizonte, desta vez, num barco
desgastado e deteriorado pelo mar.
Num dia, em que já
tinha perdido a conta, voltei a lançar o meu pequeno submarino ao mar e
mergulhei nas suas profundezas. Quando estava a voltar para trás, consegui
descobrir finalmente a embarcação afundada e que vitimara os meus familiares.
Vi algumas relíquias dos meus entes queridos. Voltei de seguida ao meu velho
bote e assinalei no mapa o local da descoberta para mais tarde lá voltar.
Subitamente levantou-se uma tempestade e o barco não parava de baloiçar com as
gigantescas ondas. Não tinha nenhum controlo sobre ele e eu sentia-me
completamente frágil perante aquela enorme força da natureza. Momentos depois,
deparei-me com uma grande rocha mesmo à minha frente. E, de repente, a
escuridão! Entretanto, acordei e constatei que tudo isto não passara de um sonho.
Ângelo Lopes, 9º D
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