Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

sábado, 26 de janeiro de 2013

O homem do mar


Num dia de neblina, ouviu-se o roncar de um motor vindo do mar.
Surgiu de repente uma luz e depois um barco por entre a neblina cerrada. Momentos depois, viu-se um vulto ao leme dessa embarcação. Esse vulto era eu!
Com um olhar vazio e distante, marcado pela dor e pela angústia de ter visto toda a minha família a morrer no mar, sem ter podido fazer nada, ali estava eu. Cheguei assim ao cais, com longos cabelos brancos e a face rugosa, marcada pelo salitre do mar, de todos os longos anos passados à procura do barco afundado, onde a minha família tinha morrido. Do meu velho barco, voltei a sair novamente de mãos vazias para vir buscar mantimentos e voltei a partir rumo ao horizonte, desta vez, num barco desgastado e deteriorado pelo mar.
Num dia, em que já tinha perdido a conta, voltei a lançar o meu pequeno submarino ao mar e mergulhei nas suas profundezas. Quando estava a voltar para trás, consegui descobrir finalmente a embarcação afundada e que vitimara os meus familiares. Vi algumas relíquias dos meus entes queridos. Voltei de seguida ao meu velho bote e assinalei no mapa o local da descoberta para mais tarde lá voltar. Subitamente levantou-se uma tempestade e o barco não parava de baloiçar com as gigantescas ondas. Não tinha nenhum controlo sobre ele e eu sentia-me completamente frágil perante aquela enorme força da natureza. Momentos depois, deparei-me com uma grande rocha mesmo à minha frente. E, de repente, a escuridão! Entretanto, acordei e constatei que tudo isto não passara de um sonho.
Ângelo Lopes, 9º D

Sem comentários:

Enviar um comentário