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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O desejo de ser inventor


Numa manhã muito chuvosa, numa casa friorenta e escura, vivia um menino de cabelo escuro e pele branca. Ele queria ser inventor e notava-se perfeitamente apenas pelo aspeto do seu quarto: projetos em cima da secretária, metais e ferramentas por toda a parte e de canto a canto, objetos modificados desde portas automáticas a sapatos telecomandados.
Este rapaz sempre teve uma paixão por feiras e curiosamente, na sua terra, eram organizadas com frequência. Então, num dia de feira, ele só podia lá estar.
A certa altura, estando ele na feira, aproximou-se de um espelho que lhe despertou, de imediato, a atenção e decidiu comprá-lo. Estranhamente existia química entre eles. Foi então que começou a chover e, ao cair uma gota no seu espelho, o seu reflexo desapareceu e do céu, apareceu a voar um adolescente. Adolescente este muito parecido com Edward, o jovem inventor. Ambos se chamavam Edward, ambos tinham as mesmas feições, os mesmos gestos. Eram parecidíssimos. Apenas os distinguia os sapatos.
-Pareces assustado! Eu sou tu, no futuro.– explicou Edward voador - Aqui é tudo tão bonito, esta chuva é uma dádiva. Tu vais ser inventor e eu vou ajudar-te a mudar o futuro, para melhor.
-Ah, Edward, mas como?!
- Certamente já ouviste falar da situação de crise…
- Sim, infelizmente. Vamos para dentro para falarmos melhor.
Edward entrou em casa pela janela, mas não sabia do novo amigo.
- Estou aqui! Consegues ver-me? – perguntou.
- Não, aqui, onde?
Na verdade, Edward dos sapatos voadores estava invisível.
- Novas tecnologias… Ainda não domino muito bem.
- Ah, aí estás tu! Onde íamos?
-Deves perguntar-te como é o futuro…
- Sim, mas tenho receio. Quando oiço os adultos falarem dos maus anos económicos, começo a imaginar projetos. Vê este!
Os dois amigos continuaram a sua conversa e os papéis de Edward eram projetos para serem postos em prática.
Projeto após projeto, ambos tomaram uma decisão. Unanimemente concordaram num projeto inacabado, projeto este cuja sua função era conceder desejos a crianças com a mente pura, sem más intenções.
- Tem de ser este! – exclamou Edward, entusiasmado- Acabamos isto num piscar de olhos.
Ao terminarem, preocuparam-se em saber se funcionava e lembraram-se de que podiam experimentar com o próprio Edward do futuro.
- Tens direito a um desejo – explicou- Pensa no que vais pedir, pois não poderás voltar atrás.
-Eu desejo o fim da crise, acabando com oportunistas e vigaristas. Um pouco de chuva. – pediu entre suspiros.
A máquina fez uns barulhos estranhos e viu-se aterrar um miniavião no parapeito da janela. Era direcionado para Edward do futuro. Felicitava-o do seu grande emprego e pedia-lhe para que voltasse de onde quer que estivesse.
- É tempo de voltar- disse, satisfeito - Não me esquecerei destes momentos e acredita em ti, pois serás um grande Homem.
E não te esqueças: apenas um pequeno grande rapaz poderá mudar o futuro, para melhor, acreditando sempre nas suas capacidades. Não desistas, é possível!

Ana Sofia, nº 2, 8º C

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