Dia de Reis celebra a data em que o menino Jesus recebeu a
visita dos três Reis Magos Melchior ou Belchior, Gaspar e Baltazar que lhe
ofertaram incenso, mirra e ouro.
Em Espanha é apenas neste dia que se dá a troca de presentes. Hoje apresentamos o belo texto da Beatriz do 8º C que nos conta a história de uma menina …
Em Espanha é apenas neste dia que se dá a troca de presentes. Hoje apresentamos o belo texto da Beatriz do 8º C que nos conta a história de uma menina …
Mas, O Ciclista decidiu não ficar por aqui. Pois neste dia,
também é tradição comer-se o chamado “Bolo-Rei”. António Torrado, conta-nos uma
bela história. Contudo, apenas depois do almoço. Por isso, caros Ciclistas,
estejas atentos à segunda edição de hoje do nosso blogue!
Graça Matos, O Ciclista
Uma
luz ao fundo do túnel
Sou e sempre fui uma
pessoa abastada e não o digo por presunção, não! E, segundo o meu pai, sempre o
irei ser.
Felizmente, nunca
passámos por dificuldades como algumas pessoas passam. Ainda na semana passada,
ouvi os meus pais falarem sobre a vizinha do lado e pelos vistos, ela estava em
muito maus lençóis! Agora chega de falar sobre coisas tristes. Pois vou
contar-vos a minha história e a da Rita.
Era uma vez um
menino, neste caso eu, que tinha acabado de mudar para uma aldeia muito pobre,
que ninguém conhecia. Ao meu lado, vivia uma linda menina chamada Rita. Ela
tinha uns olhos deslumbrantes, uns lábios avermelhados mas o cabelo despenteado
e as roupas velhas e rasgadas. Por alguma razão que eu desconhecia, aquela
menina despertava em mim emoções que eu nunca sentira anteriormente.
Num dia primaveril,
enchi o peito de ar e ganhei coragem para ir ter com ela. A gaguejar, disse:
- Olá! Eu sou o João.
Como te chamas?
- Eu sou a Rita.
Reparei que te mudaste há pouco tempo.
- Pois foi!
E assim continuámos a
conversar. À medida que a ia conhecendo melhor, mais gostava dela, mas ao mesmo
tempo apercebia-me que ela era muito pobre. E eu pensava: "Como pode ela
ser feliz, sem brinquedos que se compram nos grandes centros comerciais?!"
E, na verdade, ela era feliz.
Entretanto, passaram
duas estações. Estava muito frio e eu avistei a Rita com a mesma roupa da
semana passada, rota e fria, Rita estava com um ar abatido e uma carinha
preocupada e eu perguntei-lhe:
- O que é que se
passa? Estás tão triste…
- Os meus pais
ficaram desempregados, ainda por cima agora tão perto do Natal - dizia ela a
chorar e a soluçar.
Eu, então, fui falar
com o meu pai acerca daquela menina e dos seus pais. O meu pai topou-me logo.
Ele viu, de imediato, que eu estava a arranjar maneira de ele lhes arranjar um
trabalho. Por isso, ouviu-me com muita atenção e acabou por ajudar os pais da
Rita, porque ele tinha uma fábrica que felizmente empregava parte da população
da aldeia.
Passadas duas
semanas, era dia de Natal e eu queria dar um presente especial à Rita.
- Tive uma ideia! -
exclamei. De seguida, embrulhei os meus melhores presentes e chamei a Rita.
- Rita! Rita!
- Diz, João.
- Vem comigo. Tenho
uma coisa para te mostrar.
A menina, ao ver
todos aqueles presentes, começou a chorar de tanta felicidade. Agradeceu-me
muito, mas não era necessário, porque só testemunhar a sua felicidade já era
muito bom para mim.
E assim foi a minha
luz ao fundo do túnel e a da Rita também. Por outro lado, aprendi que devemos
ser solidários e amigos e a Rita já não voltou a passar por mais dificuldades.
Beatriz, 8º C
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