Olá a todos os Ciclistas.
Esta é uma das muitas maneiras que se
pode utilizar para saudar as pessoas.
Neste Dia Mundial da Saudação e na qualidade de “jornalistas
d´O Ciclista” foi-nos lançado o desafio de fazermos um texto sobre este tema. Depois
de aceite, arregaçamos as mangas e aqui estamos nós a escrevê-lo. O tempo é
pouco, pois o trabalho da escola é muito, mas os escassos momentos poderão ser
aproveitados para redigir umas quantas palavras. Este dia, pesquisámos nós,
serve essencialmente para levar a paz a todos.
Foi com este sentir em mente que
redigimos a história que a seguir apresentamos.
Timidez!
Eu era uma criança igual a tantas
outras crianças desse mundo. Bem, talvez não fosse bem assim. Era realmente uma
criança. Mas não era efetivamente igual. Todos os dias partia de casa, sensivelmente
por volta das 8 horas e 30 minutos. O meu caminho para a escola fazia-o em
cerca de 20 minutos, mas eu gostava de sair um pouco antes, pois receava
qualquer atraso. Nunca ninguém me dirigia a palavra. Eu também não queria.
Nunca sabia o que dizer de volta.
Todos os dias eram, portanto, iguais.
Ou pelo menos idênticos.
Todos até àquele em que o Jorge
apareceu. Ele era um rapaz exatamente igual a todos os outros. A idade devia
ser a mesma da nossa, da minha e dos meus colegas da turma. Já agora eu estou
no 3º ano do 1º ciclo. Bem, ele, como eu, não era exatamente igual. Ao
contrário de mim todos lhe dirigiam a palavra. Quase todos: eu não!
- Bom dia! – ouvi eu naquele chuvoso
dia de inverno. Como não esperava que fosse para mim, nem me dignei responder.
Pelo que voltei a ouvir: - Então, não respondes? És surda?
Olhei desconfiada para quem atirava
aquelas palavras para cima de mim, de um modo ao mesmo tempo brusco e gentil. –
Sim!, respondi a medo, - falo e não sou surda.
– Então, tens de te juntar a nós,
brincar, divertir-te e sorrir. Tens de partilhar, ser alegre. Tens de ver como
a amizade é um bem e que sem amigos a vida é uma chatice!
Eu, ainda incrédula, pois nunca
ninguém falara comigo durante tanto tempo, acabei por, pela primeira vez,
sorrir e, ao ver a sua mão estendida, estender também a minha e juntar-me à
grande roda gigante que todos os meus colegas formaram.
A partir desse dia nunca mais me
senti só e aprendi o valor da saudação.
Adriana
Matos e Sofia Matos, O Ciclista
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