Cada pessoa tem os seus sonhos, objetivos e nada nos impede de
concretizá-los.
Bárbara, desde sempre, tinha mostrado um grande interesse pelo
atletismo e os pais, para lhe fazerem a vontade, puseram-na, aos 7 anos, num
clube de atletismo.
No início, levava aquilo como uma brincadeira, mas depois
apercebeu-se que era aquilo que ela queria para si. Sempre que estava triste e
com problemas era no atletismo que ela se refugiava. Aquele desporto passou a
ser a sua vida e nada a parava. Treinava todos os dias, nunca se cansava e
tentava sempre dar o seu melhor. A pista de atletismo era como se fosse a sua
casa, o seu canto seguro e lá sentia-se completa e nada lhe tirava o sorriso da
cara.
Já com 20 anos, os seus objetivos não tinham mudado: o atletismo
era tudo o que ela desejava e era muito boa no que fazia, queria ser uma atleta
profissional. O seu sonho era conseguir chegar aos Jogos Olímpicos e isso não
era de todo impossível, pois ela tinha muitas capacidades. Aquando do
apuramento, conseguiu, fez os mínimos para os Jogos Olímpicos, nos 100 metros
de barreiras!
A alegria foi tanta que teve de ir comemorar, falou com os amigos
e decidiram festejar. Foi de carro até uma discoteca, onde tinham combinado
encontrar-se todos.
Durante a noite, beberam de mais e, apesar de se sentir tonta e
com sono, resolveu voltar para casa de carro. Não o devia de ter feito, pois
adormeceu a conduzir e acabou por embater numa casa.
Passados uns meses, quando acordou, viu-se numa cama de hospital e
(a pior parte!) não sentia as pernas. Não conseguia acreditar, agora que o seu
sonho estava prestes a realizar-se, tinha ficado paraplégica. Não podia ser
verdade!
Médicos, pais, amigos tentaram falar com ela para a fazer entender
que o mundo não tinha acabado e que podia continuar o seu sonho, mas para ela
isso já não era possível, era o fim.
Passou meses a chorar, trancou-se em casa e não saia à rua por
nada. Para ela a vida já não fazia sentido, pois não podia realizar o seu sonho
e fazer o que tanto gostava.
Aos 20 anos, uma jovem, linda e com uma vida pela frente, desistiu
de viver e deixou-se levar pela tristeza. Ninguém a conseguia fazer ver que ela
tinha muitas opções e podia, até mesmo, continuar a sua carreira no atletismo.
Com tudo isto, fechou-se de tal maneira que entrou numa depressão, já não
comia, já não se tratava…
Até que, um dia, a mãe trouxe um folheto sobre uma menina
paraplégica para casa.
Bárbara, ao ver aquilo, sentiu pena da menina, demasiado nova para
estar a passar por tal coisa. Começou a querer saber mais acerca daquela menina
e apercebeu-se que o que lhe tinha acontecido não era o fim do mundo e que ela
podia continuar a seguir os seus sonhos, só não podia desistir.
Pediu aos pais para encontrarem um clube de atletismo para
paraplégicos. Eles, ao ouvirem isto, admiraram-se, mas nem hesitaram e foram
procurar.
No início, Bárbara teve algumas dúvidas sobre se era mesmo aquilo
que ela queria fazer, mas arriscou. O treinador, ao ver aquele talento, falou
com ela e disse-lhe que podia chegar muito longe. A rapariga não queria
acreditar que pudesse realizar o seu sonho, mas com a ajuda do treinador, dos
pais e dos amigos conseguiu inscrever-se nos Jogos Olímpicos para paraplégicos.
Ela percebeu que nunca devia desistir, tinha de querer e lutar! Passou
a ser uma grande inspiração para todos os que conheciam a sua história.
Bárbara, apesar de tudo o que lhe aconteceu, conseguiu ultrapassar
as suas limitações, seguir com a sua vida e concretizar os seus sonhos.
Trabalho
realizado por:
Catarina Marques n.º 7, 7.º A
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