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domingo, 11 de setembro de 2016

O mapa misterioso



Parabéns Mariana, pelo excelente texto e, claro, pelo 1.º lugar conquistado no concurso Ler & Aprender!


O mapa misterioso
Acordei numa manhã de verão alegre e perfumada, com os raios de sol a baterem na minha face. Seria o primeiro dia das férias no parque de campismo na foz do Guadiana e estava muito feliz com os meus amigos (Pedro e Rita), pois, além de tudo, a praia encontrava-se a escassos quilómetros do parque de campismo e, por isso, íamos divertir-nos a valer, iam ser umas férias perfeitas.
Pelo canto do olho, observei que a Rita já tinha acordado e o Pedro estava a fazer o pequeno-almoço. Tomámos o pequeno-almoço e, de seguida, fomos dar uma volta pela praia.
Estava um dia lindo e decidimos ir dar um mergulho ao mar. Quando saímos da água, fomos apanhar conchas e búzios e qual não foi o nosso espanto ao ver dar à costa uma garrafa com um papel dentro. Ficámos todos curiosos para ver o que este dizia.
Pegámos na garrafa e ficámos um pouco indecisos se a abríamos ou não, mas o Pedro, que é muito decidido, abriu-a e tirou um papel. Eu peguei no papel como se valesse ouro e fiquei estupefacta ao reparar que era um mapa com duas cruzes. Parecia um mapa do tesouro! Mas pensei logo que não podia ser, pois os mapas do tesouro e os tesouros são apenas imaginação das pessoas. Mas, como eu, o Pedro e a Rita somos muito curiosos e aventureiros, decidimos explorar os locais onde se encontravam as cruzes.
Fomos andando e vendo as coisas que estavam assinaladas no mapa. Um dos locais onde se encontrava uma cruz ficava a cerca de um quilómetro de onde estávamos. Ao lado dessa cruz, estava assinalado um restaurante cujo nome nos era familiar: “O Algarvio”… Pensámos, pensámos e a Rita lembrou-se de que um dia, numa festa, nós tínhamos ido jantar a esse restaurante. Assim sendo, lá fomos cheios de curiosidade e não foi muito complicado chegar ao local.  
Quando chegámos, vimos que ao lado do restaurante estavam duas casas e, como a cruz no mapa estava do lado direito, fomos à casa da direita.
Era uma casa velha e desabitada. Entrámos, explorámos de uma ponta à outra e nada! Mesmo nada! Estávamos à espera de encontrar um tesouro, uma pista, qualquer coisa, mas desiludimo-nos ao ver que não havia nada de anormal naquela casa, apenas uma grande quantidade de candeeiros de parede e muitas, muitas portas.
Passado algum tempo, desistimos de procurar e decidimos ir para o local onde se encontrava a outra cruz. Reparámos que a outra cruz não ficava muito longe de onde nos encontrávamos, pelo que decidimos ir a pé.
 Do lado esquerdo da cruz assinalada, estava uma casa: “a casa da D. Ana”. Ficámos um pouco tristes, pois nenhum de nós sabia onde se localizava a casa da D. Ana, então  perguntámos nas redondezas se alguém sabia onde ficava esta casa. Perguntámos a várias pessoas e, finalmente, uma senhora disse-nos que a casa da D. Ana ficava a cerca de cinco minutos do local onde estávamos, apenas precisávamos de seguir naquela rua.
Entusiasmadíssimos, caminhámos até à casa da D. Ana e reparámos que a cruz no mapa estava exatamente no lugar de uma gruta.
Entrámos na gruta onde havia um pequeno lago e, no fundo deste, estava uma coisa a brilhar. Desta vez foi a Rita que teve a coragem de pegar naquela coisa brilhante e trazê-la ao cimo da água. Era uma chave de ouro! Ficámos um pouco intrigados, a pensar para que serviria aquela chave tão deslumbrante e guardámo-la com muito cuidado na nossa mochila para não a perdermos.
Saímos da gruta e pensámos horas sem fim para que serviria aquela chave. Até que nos lembrámos que aquela chave podia estar relacionada com a casa velha! Até podia ser a chave de uma das portas!
Então, decidimos voltar à casa velha. Entrámos novamente na casa e experimentámos a chave em várias portas, mas esta não entrava em nenhuma.
Quando a Rita ia para experimentar a chave numa das muitas portas da casa tropeçou e sem querer colocou a mão num candeeiro de parede. De repente, ele mexeu-se e, por baixo dos pés da Rita, abriu-se um alçapão e ela caiu dentro dele!
Eu e o Pedro ficámos muito alarmados, chamámos a Rita e ela respondeu-nos, dizendo que não se tinha magoado. Então, entusiasmados, decidimos entrar com muito cuidado dentro do alçapão. Qual não foi o nosso espanto quando à nossa frente estava uma porta dourada!
Pensámos logo que era esta a porta que nós tanto procurávamos pela casa toda e, de repente, eu peguei na chave e, sem pensar duas vezes, abri a porta. Entrámos e apenas vimos um papel onde estava escrito: “O melhor tesouro que se pode ter é a amizade.” A partir desse dia, percebemos que a amizade e o amor são o maior mistério da humanidade.
Mariana Pereira Moniz, n.º 14, 7.º A

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