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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

“Tejo, o meu cão”



Num belo dia de sol, por volta da uma da tarde, estava na escola à espera do meu pai para ir para casa.
Ia a sentir um misto de ansiedade e de alegria, pois o meu cão, Tejo, estava doente já há alguns dias e, no dia anterior, tínhamo-lo levado à clínica veterinária, porque ele não estava bem. Visitámo-lo, nesse mesmo dia, à noite e a veterinária disse que ele estava a melhorar e, em princípio, no dia a seguir já o podíamos levar para casa. Este era o meu motivo de felicidade, pois quando nós saímos da clínica veterinária ele estava felicíssimo por nos ter visto. O seu olhar passou de suplicante a tranquilo.
Naquele preciso instante, chegou o meu pai. Entrei no carro e notei que ele não estava muito bem como o habitual, mas ignorei quando ele me deu as prendas do meu primo, que tinha chegado de madrugada vindo de Amesterdão.
Mais à frente, ele surpreende-me, dizendo:
- Não tenho uma notícia muito boa.
Eu, surpreso com esta declaração, fiz figas para que não fosse algo relacionado com o meu cão e retorqui:
- O quê?
- Morreu - afirmou tristemente o meu pai.
Foi o dia mais triste da minha vida, pois faleceu o meu adorado cão. Aquele que brincava comigo, aquele de quem eu cuidava, aquele que me fazia rir, enfim tantas coisas que fazíamos juntos.
Além disso, as coincidências são incríveis, porque há dois anos atrás, nesse mesmo dia, acontecera o funeral da minha avó.
Tantas lágrimas que me vinham aos olhos, que mal via o verde das colinas, o castanho dos troncos das árvores e o cinzento da estrada onde passávamos…
Só ouvia o meu pai a chamar pelo meu nome, mas nem isso me consolava. Cheguei a casa, olhei para o meu outro cão e ele estava triste como se pressentisse algo.
Em conclusão, este foi dia mais marcante da minha vida e também o mais triste, pois o meu melhor amigo partiu, mas continuará sempre nas minhas memórias.
Samuel Tavares, n.º 22, 7.º D

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