Num belo dia de sol, por volta da uma da tarde,
estava na escola à espera do meu pai para ir para casa.
Ia a sentir um misto de ansiedade e de alegria, pois
o meu cão, Tejo, estava doente já há alguns dias e, no dia anterior, tínhamo-lo
levado à clínica veterinária, porque ele não estava bem. Visitámo-lo, nesse
mesmo dia, à noite e a veterinária disse que ele estava a melhorar e, em
princípio, no dia a seguir já o podíamos levar para casa. Este era o meu motivo
de felicidade, pois quando nós saímos da clínica veterinária ele estava
felicíssimo por nos ter visto. O seu olhar passou de suplicante a tranquilo.
Naquele preciso instante, chegou o meu pai. Entrei
no carro e notei que ele não estava muito bem como o habitual, mas ignorei
quando ele me deu as prendas do meu primo, que tinha chegado de madrugada vindo
de Amesterdão.
Mais à frente, ele surpreende-me, dizendo:
- Não tenho uma notícia muito boa.
Eu, surpreso com esta declaração, fiz figas para que
não fosse algo relacionado com o meu cão e retorqui:
- O quê?
- Morreu - afirmou tristemente o meu pai.
Foi o dia mais triste da minha vida, pois faleceu o
meu adorado cão. Aquele que brincava comigo, aquele de quem eu cuidava, aquele
que me fazia rir, enfim tantas coisas que fazíamos juntos.
Além disso, as coincidências são incríveis, porque
há dois anos atrás, nesse mesmo dia, acontecera o funeral da minha avó.
Tantas lágrimas que me vinham aos olhos, que mal via
o verde das colinas, o castanho dos troncos das árvores e o cinzento da estrada
onde passávamos…
Só ouvia o meu pai a chamar pelo meu nome, mas nem
isso me consolava. Cheguei a casa, olhei para o meu outro cão e ele estava
triste como se pressentisse algo.
Em conclusão, este foi dia mais marcante da minha vida
e também o mais triste, pois o meu melhor amigo partiu, mas continuará sempre
nas minhas memórias.
Samuel Tavares, n.º 22, 7.º D
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