A noite nunca pareceu tão longa.
De tudo o que vivi,
Só me resta a solidão;
A dor que o amor prolonga,
E que assola o coração.
Pertenço ao escuro da noite,
Para melhor ver as estrelas.
Sonho acordada,
Porque a insónia perdura.
Imagino a história encantada,
Que me tira desta amargura.
Olho a rua pela janela,
Talvez veja chegar a madrugada.
Tenho tudo, e não tenho nada,
Sou pura contradição.
Sorrisos emoldurados,
Já não têm significado.
São uma farsa do passado,
E dos corações magoados.
Quanto mais tento,
Mais fracasso.
Tento controlar o tempo,
Mas tu bem sabes:
Ele é escasso.
Posso tentar resolver os
mistérios da noite.
Posso ficar acordada noites sem
fim.
Só não posso suportar a mágoa,
De tu partires sem mim.
Espero um dia entender a razão;
Por agora, fico aqui.
A noite é minha amiga,
É eterna e só para mim.
Beatriz Sofia Carvalho Viegas,
n.º 4, 11.º E
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