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terça-feira, 6 de setembro de 2016

A melhor das reviravoltas



Kloé era uma menina que nunca conhecera o pai, a mãe era toxicodependente e bebia muito. Quando chegava a casa, bêbada, batia-lhe tanto que, um dia, uma vizinha decidiu fazer queixa à polícia. Apesar de tudo, a menina gostava muito da mãe e não queria ir para nenhum orfanato. Porém, o seu maior sonho era conhecer o pai.
Kloé foi para um orfanato, onde era muito bem tratada. Com o tempo, fez muitos amigos, mas o que ela mais queria era estar com os seus pais.
Passado uns tempos, Kloé foi adotada. Os seus pais adotivos gostavam muito dela e, nos primeiros dias, iam lá a casa uns senhores da segurança social, para ver se eles a tratavam bem. Depois, deixaram de lá ir porque viam que eles eram bons pais.
Kloé, ao princípio, tinha vergonha e receio, mas depois começou a sentir-se bem com eles, começou a confiar na mãe adotiva e contou-lhe que o maior sonho dela era conhecer o seu pai. A mãe disse ao pai adotivo e, desde aí, sem ela saber, eles tentaram encontrar o seu pai verdadeiro. Procuraram, procuram…
Certo dia, eles conseguiram encontrá-lo, mas ele nem sequer sabia que tinha uma filha. Então, para lhe fazer uma surpresa, o pai adotivo foi buscá-la à escola, como era normal, mas, quando chegaram a casa, ela viu que estava lá um homem, nunca pensando que, mesmo à sua frente, estava o seu pai verdadeiro. Os seus pais adotivos contaram-lhe a história toda e Kloé ficou muito contente por eles terem descoberto o seu pai biológico com quem se deu logo muito bem. Agora, já só faltava saber o que teria acontecido à sua mãe!
Alguns dias depois souberam que a sua mãe tinha feito tratamentos para deixar de beber e para deixar as drogas. Ela ficou muito contente, mas os senhores da segurança social nunca deixariam que ela voltasse para a mãe. Deixavam-na ir viver com o pai, mas os pais adotivos tinham que dar autorização. Os seus pais só queriam o melhor para ela e deixaram-na ir, mas com a condição que ela os fosse visitar de vez em quando.
Desde aí, Kloé tem ido visitar os seus pais sempre que pode e já tem laços de amizade com a sua mãe biológica. Inicialmente, o seu pai não tinha gostado muito que ela andasse a contactar com a mãe, por causa do que tinha acontecido no passado, mas acabou por aceitar.
E foi assim, Kloé, que sofria de violência doméstica por parte da mãe, acabou por concretizar o seu maior sonho: conhecer o pai e reencontrar a sua mãe após tantos anos.
Elisabete Neto n.º 10, 7.º A

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