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terça-feira, 15 de abril de 2014

Um pescador

Eu sou um pescador e vivo numa aldeia perto do mar, com a minha esposa e três filhos. Somos uma família pobre que mal se pode alimentar. Sendo assim, o que eu trago do mar e o que a minha esposa recolhe da sua pequena horta é o que nós comemos. De vez em quando, eu consigo apanhar bastante peixe e vendemo-lo e como tal, já é uma pequena ajuda para a nossa família. Os meus filhos ainda são pequenos, por isso não nos podem ajudar.
João é este o meu nome. Eu sou uma pessoa bondosa que ama muito a sua família e faço tudo para que eles sejam felizes. Sempre fui e sou destemido mas, por vezes, tímido. Passo os dias no mar sempre com a esperança de apanhar mais algum peixe.
Um dia, decidi partir para pescar durante uma semana, num lugar que tinha maior afluência de peixes e que se encontrava a vinte quilómetros da minha aldeia. A minha esposa não queria que eu fosse embora e não parávamos com este diálogo:
       - Não vês que a única maneira de ganharmos dinheiro é eu ir lá pescar? - dizia eu
       - Não o faças, os nossos filhos esperam-te em casa, eles querem-te ver vivo! - comentava ela.
       - Eu sei que demora e que corro riscos, mas não há outra saída! - lamentava eu
Passado algum tempo, ela acabou por aceitar a minha proposta.
E, assim foi! No dia seguinte de madrugada, rezei, dei um beijo na testa da minha mulher e, depois de abraçar os meus filhos, lá fui eu nesta aventura.
 Era um dia de tempestade, o que me obrigou a ir devagar para que nada de mal me acontecesse. Porém, a certa altura, o barco estava mesmo para se virar, mas felizmente acabou tudo bem porque outro pescador, que vinha noutro barco, ajudou-me. Por sorte, apanhámos quilos de peixe e dividimo-los.

Quando cheguei a casa, contei tudo à minha esposa e ficámos bastante gratos a esse pescador. Dias depois, este passou a ser um grande amigo da família.



Anastasiya Grachova, nº 5, 8º E

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