Eu sou um pescador e
vivo numa aldeia perto do mar, com a minha esposa e três filhos. Somos uma
família pobre que mal se pode alimentar. Sendo assim, o que eu trago do mar e o
que a minha esposa recolhe da sua pequena horta é o que nós comemos. De vez em
quando, eu consigo apanhar bastante peixe e vendemo-lo e como tal, já é uma
pequena ajuda para a nossa família. Os meus filhos ainda são pequenos, por isso
não nos podem ajudar.
João é este o meu
nome. Eu sou uma pessoa bondosa que ama muito a sua família e faço tudo para
que eles sejam felizes. Sempre fui e sou destemido mas, por vezes, tímido.
Passo os dias no mar sempre com a esperança de apanhar mais algum peixe.
Um dia, decidi partir
para pescar durante uma semana, num lugar que tinha maior afluência de peixes e
que se encontrava a vinte quilómetros da minha aldeia. A minha esposa não
queria que eu fosse embora e não parávamos com este diálogo:
- Não vês que a única maneira de
ganharmos dinheiro é eu ir lá pescar? - dizia eu
- Não o faças, os nossos filhos
esperam-te em casa, eles querem-te ver vivo! - comentava ela.
- Eu sei que demora e que corro riscos,
mas não há outra saída! - lamentava eu
Passado algum tempo,
ela acabou por aceitar a minha proposta.
E, assim foi! No dia
seguinte de madrugada, rezei, dei um beijo na testa da minha mulher e, depois
de abraçar os meus filhos, lá fui eu nesta aventura.
Era um dia de tempestade, o que me obrigou a
ir devagar para que nada de mal me acontecesse. Porém, a certa altura, o barco
estava mesmo para se virar, mas felizmente acabou tudo bem porque outro
pescador, que vinha noutro barco, ajudou-me. Por sorte, apanhámos quilos de
peixe e dividimo-los.
Quando cheguei a
casa, contei tudo à minha esposa e ficámos bastante gratos a esse pescador.
Dias depois, este passou a ser um grande amigo da família.
Anastasiya
Grachova, nº 5, 8º E
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