Era um dia quente de agosto, e eu estava sentada nas dunas daquela
praia melancólica, onde o silêncio gritava em todo o lado, o mar agredia
ferozmente a areia, que se rendia e se deixava levar pelas ondas.
Quando me fartei de olhar para aquela paisagem, levantei-me e, sem
me aperceber, fui contra um rapaz que segurava um sumo, e depois apenas parte
dele. Confusa e com o coração aos saltos, disse-lhe:
-Desculpa, a culpa foi toda minha…
E ele, com um leve sorriso no rosto, respondeu-me:
-Não há qualquer problema. De facto, eu nem estou com muita sede.
Então e o que é que uma estrela como tu está a fazer aqui sozinha?
-Basicamente, a lamentar-se e a queixar-se silenciosamente a tudo
o que me rodeia. Prazer, o meu nome é Mei.
-Eu sou o Armin.
-Amanhã, voltarei aqui, à mesma hora, prometo que não vou faltar.
– disse-me ele, levantando-se.
-Aqui espero. – retribuí eu, acrescentando um sorriso.
E, antes de se afastar, deu-me um suave beijo na cara. Entretanto,
fui para casa e como já era tarde, tomei um banho e deitei-me para dormir. Nem
jantei, ou melhor, o meu jantar foi aquela conversa, e a sobremesa foi aquele
beijo.
De manhã, levantei-me apressadamente e esperei que chegasse a hora
do encontro, mas assim que cheguei à praia, não o encontrei, esperei, esperei e
esperei. No dia seguinte, voltei à praia à mesma hora e ele continuava a não
aparecer. Fiz isto durante semanas, e afinal a promessa?! Foi quebrada…
Ana Neta, 8º E
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